Volkswagen volta atrás e readmite os 800 funcionários demitidos
Depois de seguidas greves e protestos dos trabalhadores, a administração da Volkswagen entrou em acordo com o sindicato e aceitou readmitir todos os 800 funcionários demitidos no dia 6 de janeiro. Foram três rodadas de negociação nos últimos 11 dias, quando os 13 mil funcionários da montadora resolveram entrar em greve.
Além da paralisação, os trabalhadores protestaram na última segunda-feira, 12, bloqueando trechos das Rodovias Anchieta e Imigrantes, em São Paulo. Na terça, representantes do sindicato encontraram-se com o secretário geral da presidência da república, Miguel Rossetto, e entregaram uma pauta de reivindicações. Depois disso, a Volkswagen decidiu retomar as negociações.
Junto com as readmissões, a empresa e o sindicato alteraram um acordo coletivo da categoria, anteriormente rejeitado em dezembro. Antes o reajuste salarial era feito por meio de abono e agora a base será de acordo com a inflação do período. As atividades normais da fábrica serão retomadas na próxima segunda-feira, 19, e os dias parados serão descontados ou compensados posteriormente.
De acordo com a edição desta sexta-feira, 16, do jornal Valor Econômico, as demissões – não só da Volkswagen, mas de toda a indústria automobilística – seriam uma maneira de pressionar o governo a retornar as várias formas de estímulo fiscal dos últimos anos, como foi o caso da redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e dos custos de energia elétrica para as empresas, por exemplo. Segundo a matéria, um dos ministros afirmou que a indústria precisa se expor mais à concorrência, melhorar a competitividade, buscar novos mercados e exportar mais. Só no ano passado, o número de demissões no setor passou dos 12,4 mil.
Com informações da Folha de São Paulo, da Agência Brasil e do Valor Econômico.
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