Cerca de sete dos 13 mil funcionários da fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo (SP) entraram em greve na manhã de terça-feira, 6. Os empregados do primeiro turno paralisaram os trabalhos em protesto à demissão de 800 trabalhadores da fábrica Anchieta, primeira planta da montadora construída fora da Alemanha em 1959.

Ainda sem pronunciamento oficial, as discussões com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC paulista continuam. A decisão da empresa fere um acordo assinado que deveria garantir estabilidade até 2016. No entanto, a fabricante afirma que o acordo precisa ser revisto porque foi feito em um momento de alto crescimento no mercado automobilístico. Diferente da situação atual.

A queda geral da indústria automobilística de 2014 em relação ao ano anterior é um dos fatores que contribuiu para a decisão. Além do cenário nacional desanimador, a marca perdeu 13,5% de mercado no país, fazendo com que a Volkswagen caísse para a terceira posição das maiores do país. Após 27 anos de domínio, o Gol perdeu liderança para o novo Pálio, da Fiat.

Em contrapartida à queda de popularidade no Brasil, no mundo a montadora superou a japonesa Toyota e é a atual líder mundial em vendas, com 9,9 milhões de carros entregues.

Com informações do Estado de São Paulo e do portal G1.