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O ano de 2016 registrou o fechamento líquido de 108,7 mil pontos de venda em todo o Brasil, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Esse é o pior número desde 2005, quando o levantamento foi iniciado.

Um dos motivos apontados para esse número é a queda no volume de vendas, que, entre janeiro e novembro de 2016, foi de 8,8% na comparação com o mesmo período do ano anterior.

Mesmo com alto número de fechamentos, a CNC afirma que o setor começa a mostrar desaceleração da queda do número de estabelecimentos. De acordo com a entidade, de janeiro a junho de 2016, o varejo perdeu 67,6 mil pontos de venda, ao passo que, no segundo semestre daquele ano, o setor registrou o fechamento líquido de 41,1 mil lojas – número também inferior ao observado na segunda metade de 2015, quando a perda foi de 74,1 mil lojas. No total, o ano de 2015 perdeu 101,9 mil lojas.

Lideraram os encerramentos de lojas os ramos de hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-34,8 mil lojas), lojas de vestuário, calçados e acessórios (-20,6 mil) e lojas de materiais de construção (-11,5 mil). Segundo a CNC, à exceção dos hiper e supermercados – que sofreram com a escalada dos preços no atacado no início de 2016 –, os demais segmentos analisados foram atingidos pelo encarecimento do crédito, tanto para consumidores como para a obtenção de capital de giro nos últimos anos.

O estudo revela, ainda, que todos os estados apresentaram queda no número de lojas, fato inédito em 12 anos de pesquisa. São Paulo foi o estado mais afetado (-30,7 mil lojas), seguido por Rio de Janeiro (-11,1 mil) e Minas Gerais (-10,3 mil).

Fechamento de pontos de venda por porte

As micro (-32,7 mil) e pequenas empresas (-39,6 mil) foram as mais afetadas pelo momento econômico em 2016. No ano anterior, este segmento respondia por 98,6% dos pontos de venda do varejo nacional e empregava 76,5% da força de trabalho do setor. Lojas de médio porte, com 50 a 99 empregados, tiveram perda de 12,9 mil pontos de venda. Já os grandes varejistas, com mais de 99 funcionários, fecharam 23,5 mil lojas.

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