Em pronunciamento oficial no rádio e na TV aberta, a presidente Dilma Rousseff confirmou, na noite de quarta-feira, 23, a redução do valor da tarifa de energia elétrica em até 18% para residências e 32% para o comércio, a agricultura e a indústria. “É a primeira vez que isso acontece no Brasil”, pontuou Dilma. O desconto é maior que o anunciado no ano passado, de 16% para consumo doméstico e 28% para empresas. A medida começa a valer a partir desta quinta-feira, 24.

Além da redução do custo da energia, a presidente anunciou a produção, neste ano, de 8.500 megawatts de energia e a construção de 7.540 quilômetros de novas linhas de transmissão. Dilma afirmou que o Brasil “vive uma situação segura na área de energia” e criticou os que ela classificou de “aqueles que são sempre do contra” e “pessimistas”, dizendo que estes não acreditavam que a redução fosse promulgada, que ela seria adiada ou que seria menor do que o anunciado: “Hoje, além de garantir a redução, estamos ampliando seu alcance e antecipando sua vigência”, declarou. A presidente reiterou que o país não corre riscos de racionamento de energia, que a ativação das usinas térmicas “é usual, normal, seguro e correto” sempre que há redução no nível dos reservatórios das hidrelétricas e que o Brasil tem contratada toda a energia necessária para abastecimento em todos os setores para os próximos anos.

Dilma ainda destacou os investimentos em saúde e educação, a redução dos juros, o aumento do crédito, a redução de impostos e o aumento do emprego. Classificou o Brasil como sendo “um país de classe média” e destacou a saída de 19,5 milhões de brasileiros da linha da extrema pobreza. Ela concluiu criticando oposicionistas, dizendo que o país só vai crescer “quando colocarmos a nossa fé no Brasil acima dos nossos interesses políticos ou pessoais”.