Turismo residencial é alternativa para quem desejar economizar nas viagens de férias
Os gastos com viagens costumam ser altos para todas as famílias, sejam estes destinados para férias fora do Brasil ou até mesmo para uma visita em um estado diferente. Isso explica porque a crise iniciada em 2020 afetou principalmente o setor do turismo. As pessoas cortaram gastos, e as viagens de férias foram as mais afetadas. Entretanto, uma alternativa pode fazer esse mercado voltar a subir em 2022. O turismo residencial está em alta em todo o mundo, e cidades como o Rio de Janeiro e Nova York estão se mostrando adaptadas para esses turistas locais.
Ainda em 2019, antes da crise que afetou todo o mundo, o turismo gerou uma receita global de US$ 9,2 trilhões para os países. Um valor que caiu quase 50% no ano seguinte e afetou algumas regiões, como a Europa, a Ásia e a América do Norte, que possuem nesse setor uma importante fonte de renda. Porém, em 2022, alguns números mostram que o turismo está passando por uma adaptação em busca de alternativas para voltar a crescer.
O turismo residencial é a principal ferramenta para isso, principalmente neste início de ano. Esse é um termo utilizado para descrever o movimento de pessoas que estão trocando longas viagens pelos pontos turísticos das cidades onde moram. Algo que não só movimenta a economia local, mas também garante uma economia dos turistas. Afinal, não é preciso gastar com passagens de avião, hotel e outros gastos comuns em viagens mais longas e planejadas.
Isso pode parecer simples, e muitas pessoas não conseguem valorizar, mas a verdade é que a cidade onde moramos possui vários pontos que nunca conhecemos. Isso pode ser uma experiência nova e interessante, além de barata. Um casal, por exemplo, pode gastar mais de R$ 5 mil em uma viagem simples de final de semana para o Sul ou para o Nordeste, segundo cálculo feito pelo site Quanto Custa Viajar. Ficar na própria cidade pode trazer uma economia de até 90% desse valor.
Rio de Janeiro se destaca em comparação
Essa tendência do turismo residencial levou o site de caça-niqueis da Betway fazer um levantamento de quais cidades se destacam como mais acessíveis para os turistas locais. O Rio de Janeiro foi uma das surpresas, com custos abaixo da média de outros grandes centros urbanos, como Nova York. Um carioca precisaria de apenas US$ 69 para ter um final de semana turístico, enquanto um norte-americano teria que desembolsar mais de US$ 280 por uma experiência semelhante.
A diferença é muito grande, mas pode ser justificada por diferentes motivos. Um deles é a diferença de ganhos salariais entre essas duas regiões, pois é mais caro morar em Nova York do que no Rio de Janeiro. Entretanto, outro aspecto importante são as opções de lazer gratuitas que existem na cidade brasileira. Visitar as praias, ou até mesmo o Arpoador, não tem custos e continua sendo uma experiência turística imperdível na capital carioca.
Uma das principais disparidades no levantamento do blog Betway Insider entre as duas cidades está na alimentação, algo que custa muito caro em Nova York. O morador do Rio de Janeiro precisa de apenas US$ 20 para almoçar em algum restaurante, enquanto o residente da Big Apple precisa de US$ 40, o dobro, para fazer o mesmo. Essa disparidade nos números explica a diferença entre essas duas regiões, e pode servir para colocar o RJ como um lugar mais pensado para o turismo residencial.
Tendência em NY
Apesar da desvantagem em preço para a cidade brasileira, Nova York tem visto uma tendência crescente do turismo das pessoas que moram na região. Em 2020, por exemplo, dos 22 milhões de turistas na cidade, mais de 19 milhões eram norte-americanos ou até mesmo moradores próximos. Neste ano a expectativa é que esse número se aproxime dos 30 milhões, um crescimento de mais de 50% em comparação com o período anterior.
Esse é um movimento que ganhou espaço com a crise, mas que não deve ir embora tão cedo. As próprias cidades estão criando campanhas publicitárias para que os moradores explorem mais os pontos turísticos dos locais onde moram. Algo que pode não só movimentar a economia de um setor em crise, mas garantir uma boa economia aos amantes de viagens. Esse é um corte de gastos que pode aliviar o orçamento sem tirar a experiência de viajar.
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