Entre janeiro e julho deste ano, a receita obtida com o turismo de estrangeiros no Brasil acumula US$ 4,019 bilhões, valor recorde para o período, segundo informações do Banco Central (BC). O cálculo do Banco Central inclui trocas cambiais oficiais e gastos em cartões de crédito internacional.

Para o presidente da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo), Flávio Dino, o país caminha para bater o recorde de entrada de divisas por meio do turismo em 2013. “São recursos importantes que irrigam a economia de forma consideravelmente democrática, dada a amplitude da cadeia produtiva do turismo, que envolve o setor de alimentação fora do lar, hotéis, pequenos e microempreendedores, além de artesãos”, avalia.

Para que o volume continue crescendo, a Embratur acredita ser essencial enfrentar gargalos importantes, como a competitividade. Pesquisas feitas pelo instituto com os estrangeiros que visitam o país, já há alguns anos, apontam para a necessidade de o país debater internamente essa questão.

Nos últimos dois anos, o quesito “Preço” passou a ser o item mais criticado pelo turista que visita o Brasil. “Temos de perseguir constantemente a imagem de um destino turístico acessível financeiramente, única forma de mantermos uma curva ascendente de entrada de divisas a longo prazo”, afirma o presidente da Embratur.

Na área da aviação, o instituto defende o aumento da competitividade, pelo estímulo da entrada de novas empresas no setor. “Há estudos internacionais que apontam o sucesso desse tipo de iniciativa na União Europeia, com aumento do número de frequências e rotas e a diminuição do preço das tarifas, decorrente do aumento da competitividade”, afirma Dino.

De 2003, quando a Embratur passou a cuidar exclusivamente da promoção turística do Brasil no exterior, até o ano passado, a entrada de divisas no país cresceu 168%. Em 2012, a receita acumulada chegou a US$ 6,645 bilhões.

Com informações do Portal Planalto.