Sem trem-bala, Brasil vai precisar de uma nova Dutra e mais dois aeroportos, diz ELP.

Projeção da Empresa de Planejamento e Logística (EPL) revela que a demanda por deslocamento entre São Paulo e Rio de Janeiro, as duas maiores cidades do país, deve saltar de 7,8 milhões para 53 milhões de passageiros por ano até 2044, somando todos os modais disponíveis. Com isso, de acordo com a estatal, se o projeto do trem-bala não sair do papel, serão necessários, pelo menos, dois novos aeroportos e uma rodovia como a Dutra para atender essa população.

A declaração é do presidente da EPL, Bernardo Figueiredo. Segundo ele, este fator justificaria o investimento previsto para a construção da infraestrutura do trem de alta velocidade, que deve chegar a R$ 31,5 bilhões: bem próximo do valor necessário para construir uma nova rodovia e dois aeroportos, que somariam R$ 30,5 bilhões.

O trem-bala está previsto para fazer o trajeto São Paulo – Campinas – Rio de Janeiro.

Outra vantagem do trem é a segurança. De acordo com Figueiredo, o número de mortes por quilômetro é próximo a zero. “O trem de alta velocidade é um substituto muito eficiente do transporte aéreo”, disse.

Nesta semana (terça-feira, 2), a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e a EPL anunciaram ajustes na minuta do edital e do contrato de concessão do projeto do trem-bala, para aumentar a atratividade do projeto aos investidores. Uma das modificações foi o reajuste, de 6,32% para 7% ao ano, na taxa de retorno do investimento, e de 11,57% para 13,56% ao ano, na taxa de retorno para os acionistas da concessionária do veículo. No mesmo dia, foi comunicado a redução do valor pago à União por cada quilômetro a ser percorrido por uma composição de 200 metros (outorga), de R$ 70,31 para R$ 68,08.

O critério para escolha da empresa que vai fornecer a tecnologia de operação do veículo também foi alterado: ganhará aquela que oferecer o maior valor de outorga (o que é pago a União para explorar o serviço). Antes, o vencedor do leilão seria escolhido levando-se em consideração o valor de outorga e o custo estimado da obra. Segundo a EPL, o segundo critério foi excluído porque não era possível informar valores com exatidão, dando margem para questionamentos que poderiam atrapalhar o leilão.

Uma segunda licitação para definir as empresas que vão construir a infraestrutura para passagem do veículo ainda deve ser marcada. O operador (vencedor do primeiro leilão) deve ser conhecido em 19 de setembro deste ano.

Com informações do portal G1.

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