Boletim Focus divulgado nesta segunda mostra, mais uma vez, pessimismo com economia em 2013. Projeção para o PIB caiu mais uma vez enquanto inflação e juros subiram.
O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) registrou alta na terceira prévia de maio, com taxa de 0,40%, ante 0,38% registrado na prévia anterior.
Com inflação acima da meta e juros em elevação, mercado prevê PIB de 2,98% em 2013. É a primeira vez que a estimativa para crescimento da economia deste ano é menor que 3%.
Inflação para famílias com renda até 2,5 salários mínimos, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1), fica em 0,59% em abril, inferior ao 0,75% do mês anterior.
Inflação medida pelo IPCA fica em 0,55% em abril. Índice é maior que em março, mas, pela primeira vez no ano, ficou abaixo do resultado do mesmo mês de 2012.
Mesmo desonerados os produtos da cesta básica estão mais caros. Em abril, em 12 das 18 capitais pesquisadas pelo Dieese, os preços estavam maiores com relação a março.
Para secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, aceitar uma proposta de indexação dos salários é admitir uma realidade de alta inflacionária. Segundo Carvalho, este é um assunto que vem sendo tratado com rigor pelo governo.
Analistas do mercado financeiro ajustaram a projeção para a inflação oficial de 5,70% para 5,71% em 2013. Para 2014, a projeção para o IPCA permanece em 5,71%.
Ministro Guido Mantega afirma que inflação vai cair. Para ele, a alta dos preços ocorreu por problemas internacionais, mas o cenário já está melhorando, disse.
Preço mínimo da saca do café será reajustado para ajudar produtores e o produto deve ficar mais caro para consumidor. Segundo o governo, valores estão “muito defasados”.
Para especialistas, Brasil vive um momento de estagflação. O termo descreve uma economia estagnada com preços em alta. Crescimento baseado no consumo não se sustenta mais, dizem.
Inflação medida pelo IPCA supera o teto da meta e chega a 6,59% em 12 meses, diz IBGE. Grupo de alimentos foi o que mais contribuiu com a taxa, mesmo após desonerações.