A agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) divulgou um relatório na segunda-feira, 24, demonstrando que o Brasil manteve o grau de investimento com a nota de longo prazo “BBB-”, o que coloca o país na categoria de seguro para investir. Especulava-se que a nota cairia por conta da retração econômica e da avaliação negativa da Petrobras pela agência Moody’s, mas a mudança na política econômica no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff foi suficiente para que a S&P desse um voto de confiança.

A busca da retomada da economia com uma nova equipe econômica e cortes em desonerações e gastos do governo foram essenciais para que o país mantivesse a nota. No relatório, os analistas afirmam que: “em uma reversão da política de seu primeiro mandato, a presidente encarregou sua equipe econômica de desenvolver um ajuste acentuado nas diferentes políticas – não só fiscal – para restaurar a credibilidade perdida e fortalecer os perfis fiscal e econômico do Brasil que agora estão mais fracos”.

A S&P ainda analisou, no parecer, as previsões para o comportamento do PIB no país. Segundo as análises, em 2015 o ano fecharia com uma retração de 1%, mas voltaria a ser positivo, com 2% de crescimento em 2016 e 2,3% em 2017.

A classificação de risco é uma nota atribuída por agências especializadas para servir de guia para investidores. No caso da Standard & Poor’s, as notas vão de D até AAA e estão divididas entre Grau de Especulação e Grau de Investimento, que é onde o Brasil se encontra. Mas caso perca esta avaliação, o país entra para a lista dos especulativos.

Com informações do jornal El País Brasil e da agência Reuters.