O setor público apresentou um déficit primário total de R$ 7,31 bilhões no mês de agosto, de acordo com os dados divulgados nesta quarta-feira, 30, pelo Banco Central (BC). O número apresentou um recuo em relação ao mês de julho, quando foi registrado R$ 10,019 bilhões, e caiu quase pela metade se comparado quanto ao de agosto de 2014, momento em que o saldo negativo era de R$ 14,460 bilhões.

Entretanto, o acumulado de janeiro a agosto representou o pior resultado da série histórica, iniciada em 2001. Ao longo dos desses oito meses, houve um déficit de R$ 1,1 bilhão. O pior resultado referente ao mesmo período foi registrado no ano passado, quando foi registrado um superávit de R$ 10,20 bilhões (R$ 357 milhões do Governo Central e R$ 9,848 milhões de entes subnacionais).

Esses números não incorporam os juros da dívida pública e dizem respeito ao desempenho fiscal da União, Estados, municípios e empresas estatais. Não estão inclusos bancos estatais, a Petrobras e a Eletrobras. Nos 12 meses encerrados em agosto, o déficit primário correspondeu a R$ 43,84 bilhões, ou seja, 0,76% do Produto Interno Bruto (PIB). De acordo com o BC, Estados e municípios tiveram um resultado melhor do que o governo com superávit primário de R$ 15,95 bilhões e déficit de R$ 2,17 bilhões, respectivamente.

Quando acrescentados os juros da dívida pública à conta, o déficit aumenta para R$ 528 bilhões nos 12 meses até agosto, o que equivale a 9,21% do PIB. O resultado corresponde ao pior da história e exige atenção, uma vez que é utilizado pelas agências de classificação de risco para avaliar o país.

Com informações do Valor Econômico e G1.

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