O setor de serviços foi o que gerou o maior número de empregos no ano passado, com 1.008.595 vagas abertas, seguido do comércio (601.846), da indústria de transformação (536.070) e da construção civil (329.195). O único setor que apresentou queda foi a agricultura, com a redução de 2,5 mil postos de trabalho.

De acordo com o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, a crise de 2009 explica boa parte do saldo positivo registrado em 2010. “Viemos de um período que a economia teve uma parada e voltou a crescer no meio do ano. A consequência dessa parada fez com que a retomada, em 2010, fosse mais forte. Essa comparação favorece 2010”, explicou.

A região que apresentou o maior crescimento do número de empregos foi a Sudeste (geração de 1.276.903). Já a Região Norte foi a que apresentou o menor crescimento na comparação com as outras, apenas 136.259 empregos a mais do que em 2009. Apesar disso, o número é esse recorde para a região.

São Paulo foi o estado que abriu o maior número de empregos (726.449), seguido por Minas Gerais (296.230) e Rio de Janeiro (217.805).

O ministro negou qualquer tipo de “maquiagem” dos números, que consolidaram o cumprimento da meta estabelecida pelo governo federal, que era de gerar 2,5 milhões de empregos em 2010. “Esses números são oficiais, de mais de 7 milhões de empresas do Brasil e eu não sou leviano pra inventar números. São dois números que o ministério tem, todos verdadeiros, reais e sem maquiagem”, afirmou, referindo-se aos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregador (Caged) e da Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

Caso os números de empregos declarados fora do prazo não tivessem sido incluídos no resultado de dezembro, o ano fecharia com 2,1 milhões de novos empregos, abaixo da meta estabelecida. Com esses números declarados em atraso, 387.731, o governo conseguiu atingir a meta. Apesar do bom resultado acumulado em 2010, dezembro fechou com um saldo de 408 mil empregos a menos.

Roberta Lopes / Agência Brasil

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