franquias

Pelo segundo ano consecutivo, o setor de franquias encarou a crise econômico e conseguiu crescer. Em 2016, de acordo com dados da Associação Brasileira de Franchising, a expansão da receita foi de 8,3% em relação a 2015, um pouco acima da projeção feita pela entidade que apontou um índice de crescimento na faixa de 6% a 8%. O faturamento foi de R$ 139,593 bilhões para R$ 151,247 bilhões.

De acordo com a ABF, fatores como queda da inflação, o aparecimento de alguns sinais de melhora na confiança do empresariado e do consumidor, o maior rigor fiscal na esfera pública e a abertura de 20 novos shoppings contribuíram para o desempenho positivo do setor.

O levantamento aponta ainda a permanência da expansão das redes de franquia para o interior do Brasil. Em 2016, o franchising alcançou 42%, ou 2.321 dos 5.570 municípios brasileiros, depois de registrar uma presença em 40% das cidades no ano anterior.

Nas grandes cidades, a estratégia de expansão tem avançado para bairros mais distantes por meio de outros formatos de operação. A pesquisa revelou, ainda, a evidência da interiorização, dado que Campinas é a única cidade que não é capital na seleta lista das dez cidades com maior número de unidades no País, com índice de participação de 1,6% na distribuição de unidades entre 2015 e 2016.

Empregos diretos gerados pelas franquias somam mais de 1,192 milhão

Mesmo com um mercado de trabalho ainda em retração, o setor conseguiu manter o nível de empregabilidade. De acordo com a pesquisa, foram registrados no ano passado 1.192.495 trabalhadores diretos no sistema de franquias ante 1.189.785 em 2015, o que representa uma variação positiva de 0,2%.

Evolução do número de unidades

Segundo a pesquisa da ABF, em 2016 o número de unidades de franquias em operação no País totalizou 142.593, uma expansão de 3,1% frente a 2015, quando foram registrados 138.343 pontos de venda (PDVs). A taxa de mortalidade no ano foi de 5,1%.

De acordo com o levantamento, o número de redes de franquia em atividade no Brasil no ano passado foi de 3.039, registrando um decréscimo de 1,1% em relação a 2015, quando havia 3.073 marcas.

De acordo com a pesquisa da ABF, Saúde, Beleza e Bem-Estar foi o segmento que apresentou a maior variação de faturamento no período, com 15,5% de crescimento em relação a 2015. A ascensão de redes de clínicas médicas populares, que ganharam espaço frente à retração do mercado de trabalho e à consequente saída de usuários dos planos de saúde, a utilização de novos canais de venda (porta a porta), além da entrada de novas marcas e de grandes players no mercado favoreceram esse desempenho. As marcas Hinode, Quem Disse, Berenice? e Sobrancelhas Design são exemplos desse crescimento.

Serviços Automotivos teve o segundo melhor índice de crescimento no mesmo período, registrando 11,6% de variação. O mercado de veículos seminovos registrou uma expansão considerável no ano passado, além do fato de as redes de serviços automotivos oferecerem aos clientes padrão de atendimento e agilidade como diferenciais frente a negócios tradicionais. Entre as marcas que exemplificam esse bom desempenho estão Bono Pneus, Jet Oil e Make-up Estética Automotiva.

O segmento de Moda destacou-se em terceiro lugar, alcançando um crescimento de 10,4% na comparação com 2015. A oferta de novos produtos, as estratégias de promoção e a expansão das redes são fatores que explicam esse crescimento. As marcas que ilustram o bom desempenho no segmento são Clube Melissa, Hope Lingerie e Jorge Bischoff.

Alimentação manteve seu bom desempenho e com receita 8,8% maior em relação ao ano anterior ficou em 4º lugar. O segmento que individualmente é o mais representativo do franchising e está entre os mais tradicionais do setor lançou mão de promoções e da diversificação de canais de venda, como aplicativos, criando uma nova experiência de compra para o consumidor e reduzindo eventuais atritos. Cacau Show, Chiquinho Sorvetes e Mania de Churrasco são marcas que exemplificam esse crescimento.

Internacionalização continua

De acordo com a pesquisa da ABF, atualmente 138 marcas nacionais operam em 61 países. Deste total, 130 possuem unidades e 12 são exportadoras (8 apenas exportam e 4 também possuem unidades lá fora), enviando seus produtos para 80 destinos em todo o mundo. Em 2015, eram 134 redes presentes em 60 nações.

No ano passado, 14 novos países passaram a contar com operações de redes brasileiras: Antígua e Barbuda, Congo, Dominica, Granada, Ilhas Virgens Britânicas, Índia, Israel, Jamaica, Jordânia, Marrocos, São Cristóvão e Neves, Suriname, Tailândia e Turquia. Além disso, 11 marcas brasileiras se internacionalizaram: Acaí Concept, Arquivar – Gestão de Documentos, Colchão Inteligente – Postural, Fast Acaí, Guia-se Negócios pela Internet, Limpidus, Nutty Bavarian, Ronaldo Academy, Sergios, Socila e UPTIME – Comunicação em Inglês.

Os Estados Unidos continuam liderando a lista dos países com maior número de operações de franquias brasileiras (49). Em segundo lugar está o Paraguai (29) e Portugal (26) em terceiro.

    Leia Também

  • Educação financeira

    Economizando em Tempos de Crise: Dicas Práticas para Gerenciar suas Finanças

  • Cinco atividades de lazer que movimentam a economia das grandes cidades

  • Afinal, qual é o melhor curso Ancord?

Comentários

Melhore sua saúde financeira e tenha uma vida melhor