Serviços alternativos de hospedagem incomodam indústria hoteleira
No Rio de Janeiro, são 40 mil leitos disponíveis pelo Airbnb, um dos serviços alternativos de hospedagem.

O turismo está crescente no Brasil. E nem são necessários dados consolidados para comprovar isso. Basta passar numa rodoviária e, principalmente, em um aeroporto. A demanda está bem maior que há alguns anos. A quantidade de pessoas viajando e conhecendo novos lugares é uma realidade.

Mas se dados forem indispensáveis, lá vai: em dez anos, o número de viagens internacionais aumentou 61%, segundo matéria da revista Exame. Em 2013, o movimento de passageiros nos aeroportos do país aumentou 1,8% com relação ao ano anterior, segundo a Infraero. A quantidade de brasileiros que passaram a consumir turismo aumentou em 35 milhões de pessoas, segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH).

Diante dessa realidade, ganham espaço no Brasil serviços alternativos de hospedagem. O mais recente deles consiste no aluguel de uma residência ou um quarto vago na própria casa de quem participa desse negócio para que turistas tenham pouso enquanto curtem a folga. O mais conhecido é o Airbnb, criado nos Estados Unidos e que já tem um faturamento estimado em US$ 250 milhões, de acordo com projeções do Wall Street Journal.

No Brasil, o Airbnb existe desde 2012, quando tinha 3 mil anúncios no site. Ano passado esse número já havia saltado para 20 mil. O turista paga normalmente pela hospedagem, como numa reserva de hotel. Em São Paulo, por exemplo, é possível alugar um quarto vago numa casa na zona oeste da cidade por R$ 210.

Nos Estados Unidos, o serviço já é bem popular e chegou até a receber um aporte de US$ 826 milhões de fundos de investimento. Além disso, no mercado, a startup já vale US$ 10 bilhões. No mundo todo, 11 milhões de turistas, aproximadamente, utilizam a plataforma.

A inciativa, no entanto, não é única. Na Alemanha há um parecido, batizado de Wimdu. A França tem o seu Rent Paris. O Expedia, um dos maiores concorrentes do Airbnb, tem uma audiência mensal em seu site de 25 milhões de visitantes.

Mas tanta popularidade a um negócio alternativo não passaria despercebida das redes hoteleiras. Nos EUA, principalmente, há uma verdadeira guerra judicial contra a iniciativa, acusada de não pagar os impostos aos quais os hotéis têm de prestar contas. E ainda que no Brasil a acusação seja a mesma por parte das redes hoteleiras, a legislação é mais flexível e serviços como o Airbnb podem enquadrar-se na lei do inquilinato.

O governo apoia a alternativa. “Na medida em que [se] amplia o leque de ofertas [de hospedagem], aumenta a competitividade do mercado turístico”, disse, em nota, o Ministério do Turismo ao jornal O Estado de S. Paulo.

Em meio aos impasses legais ao redor do mundo, agências de viagem e de turismo on-line já oferecem pacotes incluindo esse tipo de serviço. A adesão das agências dá fôlego a essas empresas para seguir adiante com outros projetos. Uma ideia nova é oferecer, além da hospedagem, a opção de ter o anfitrião como guia turístico. Para o alemão Christian Gessner, diretor da Airbnb no Brasil, essa é uma opção para o futuro. Afinal, diz, nem 1% das possibilidades na indústria do turismo foram exploradas.

Com informações da revista Exame e do jornal O Estado de S. Paulo.

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