No Seni, Barbosa conduziu a palestra "O mundo que surge da crise"

Em entrevista ao O Economista,Rubens Barbosa, ex-embaixador do Brasil na Inglaterra e nos Estados Unidos, salientou a importância de discutir a maneira como o Brasil está posicionado no comércio exterior. Barbosa foi um dos palestrantes do Seminário de Negócios Internacionais (Seni), que aconteceu no dia 22 de outubro, em Balneário Camboriú (SC).

O Economista – Que tipo de análise o senhor fará no Seni?

No seminário, irei falar um pouco do período em que fui embaixador nos EUA, onde tive uma experiência fantástica que muito me ajudou a entender o que se passa no mundo. Vou procurar dar minha visão sobre as transformações por que o mundo esta passando, sobretudo a partir da crise.

O Economista – Na sua opinião, qual a importância desse tipo de discussão estimulada no Seni para o comércio exterior brasileiro?

Acho muito importante porque o sucesso do comércio exterior brasileiro nos oito últimos anos escondeu as vulnerabilidades e os problemas que hoje enfrentamos. A presença da China no mundo como a grande máquina de produção de produtos industrializados e de consumo e também sua atuação na América do Sul estão mudando as condições de participação do Brasil na região e no processo de integração. Acho que a discussão pode chamar a atenção para os fatos novos que estão acontecendo e que nem todos estão se dando conta.

O Economista – Diante da sua experiência em outras realidades fora do Brasil, quais são os pontos que ainda precisam evoluir no que diz respeito ao bom desempenho das exportações brasileiras?

O grande problema que os exportadores brasileiros enfrentam hoje é a perda da competitividade no exterior e agora mesmo para competir aqui no Brasil. A apreciação do câmbio expôs nossos problemas agravados com o custo Brasil cada vez maior. Essa situação expôs também a ausência de uma estratégia de negociação comercial que se ajustasse ao fracasso da Rodada de Doha.

O Economista – Em recente texto seu, o senhor fala que o Brasil vem se destacando por prestar assistência financeira aos países menos desenvolvidos. A seu ver, de que maneira o país pode se beneficiar dessa prática “generosa”?

Procurei mostrar o volume dos compromissos externos assumidos pelo Brasil com a assistência financeira e técnica, talvez acima de nossas capacidades, tendo em vista as deficiências de recursos para projetos de infraestrutura e sociais ainda necessários no Brasil. Acho que em alguns casos, sobretudo com o financiamento de empresas brasileiras para competir em licitações de obras públicas, produtos e tecnologia brasileira poderão ser exportados. Em outros casos, poderá haver ganhos políticos, de prestígio para o Brasil e para o presidente Lula.

No link, está a programação completa do Seni: www.acij.com.br/seni

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