O Sindicato das Financeiras do Estado do Rio de Janeiro (Secif- RJ) divulga nota em que prevê a manutenção dos juros básicos da economia brasileira em 8,75% ao ano na reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) na semana que vem. Para a entidade, a atual taxa Selic precisa ser mantida, no mínimo, até o final desse ano, sob pena de desperdiçarmos uma chance enorme de crescermos ainda mais do que os 5,5% em média previstos para 2010, como também para 2011.

Para o presidente da entidade que agrega as financeiras, José Arthur Assunção, existem dois fatores que, por si só, justificariam, no mínimo, a manutenção desse patamar de juros nas próximas reuniões do Copom: “Temos uma expectativa de inflação dentro da meta para esse ano, devido principalmente aos preços administrados, que terão deflação. Além disso, os principais bancos centrais do mundo continuam trabalhando com taxas artificialmente muito baixas, o que não nos deixa margem para elevar juros aqui no Brasil”.

Para Assunção, a forte demanda que se espera na economia é certamente um fator de risco inflacionário, mas diante do crescimento zero que se espera de 2009, em 2010 haveria apenas uma retomada. “Não vamos chegar em um nível de aquecimento tão forte da demanda esse ano, porque não crescemos ano passado. E também já vemos um movimento das empresas, nos últimos meses, se preparando para uma demanda maior, investindo em máquinas e equipamentos. Não creio que, em momento algum, pelo menos em 2010, haverá qualquer gargalo que obrigue o BC a aumentar juros”, enfatiza.

“Para mim, seria mais sensata uma queda da Selic nesse primeiro semestre do ano, chegando a uns 8%. Mas isso talvez seja querer demais das nossas autoridades econômicas que nunca estão de brincadeira quando o assunto é a defesa da moeda. Mas resta uma pergunta: com o real naturalmente tão valorizado, a moeda precisa tanto de defesas? O risco inflacionário parece estar muito mais longe do que o mercado prevê”.

Com informações do Sindicato das Financeiras do Estado do Rio de Janeiro.

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