Selic sobe para 8,5%, na terceira alta consecutiva
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu elevar em 0,5% a taxa básica de juros, Selic. Essa é a terceira alta consecutiva, num movimento iniciado em abril deste ano diante da pressão inflacionária, fortalecida com a desvalorização do real ante o dólar. A Selic passou, agora, a 8,5% ao ano.
Com a decisão, o Copom pretende controlar a inflação, cuja meta central é 4,5%, com tolerância de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Em doze meses, até junho, o IPCA (índice que mede a inflação oficial) somou 6,7%, portanto, acima do teto da meta. Esse controle da inflação se dá porque, teoricamente, com os juros mais altos, o consumo é inibido por conta do crédito mais caro.
Outra vantagem da Selic mais alta é o rendimento da caderneta de poupança, que desde maio do ano passado está atrelada aos juros básicos. Sempre que a Selic estiver em 8,5% ou menos, a poupança rende 70% do valor dos juros básicos. A partir de agora, a poupança passa a render 5,95% ao ano, mais Taxa Referencial (TR). Antes, com a Selic em 8%, o investimento rendia 5,6% ao ano, mais TR.
Por outro lado, com menos consumo, a indústria também produz menos, e os juros mais altos acabam contribuindo para a retração da produção industrial, afetando no Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas produzidas pelo país, que está sendo revisado para baixo consecutivamente.
No fim de 2012, o mercado financeiro estimava que o PIB brasileiro avançaria 3,30% neste ano. Na semana passada, a previsão já havia recuado para um crescimento de 2,34% e já há economistas falando em 2% de alta. Em 2012, o PIB fechou em 0,9%.
Com informações do portal G1.
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