Selic permanece em 14,25% depois de subir sete vezes consecutivas
Depois de sete altas consecutivas, a taxa básica de juros não sofreu alteração na reunião desta quarta-feira, 2, do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom). O nível, contudo, continua alto, em 14,25% ao ano, o maior dede outubro de 2006. Na reunião passada, em julho, o Banco Central já havia sinalizado estabilidade dos juros básicos.
O Copom ressaltou, ao fim da reunião, que a taxa deve se manter assim. “O comitê entende que a manutenção desse patamar da taxa básica de juros, por período suficientemente prolongado, é necessária para a convergência da inflação para a meta no final de 2016”, afirmou o comitê na nota divulgada à imprensa. A meta da inflação para este e para o próximo ano é de 4,5%, com margem de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo IBGE, é considerado o indicador oficial da inflação e, mesmo com as altas constantes da Selic, o acumulado dos 12 meses alcançou 9,56% em julho. A taxa de juros é tida como uma das ferramentas para o controle da alta dos preços mas, com as altas constantes e a inflação progredindo, o Copom vem recebendo críticas de diversas instituições financeiras.
Por mais que a decisão seja de estabilidade e que a última pesquisa Focus — feita semanalmente pelo Banco Central com representantes do mercado — tenha apontado os juros em 14,25% ao fim do ano, alguns analistas acreditam na possibilidade de novo aumento. Por conta da recente alta do dólar, que acumula valorização de mais 20% desde julho, a Selic pode voltar a subir em alguma das próximas reuniões de 2015, em outubro e novembro.
Com informações da Agência Brasil, do portal G1 e da Folha de S. Paulo.
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