Selic de 12,25% marca a terceira alta consecutiva nos juros básicos
Seguindo a previsão feita na segunda-feira, 19, do boletim Focus do Banco Central, a Selic subiu 0,5 ponto percentual e atingiu os 12,25%. Foi a primeira reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do ano e a decisão foi unânime. A taxa de juros chegou ao maior valor desde julho de 2011, quando foi reajustada para 12,50%.
A Selic mais alta serve como principal meio de controle do Banco Central para o nível da inflação, que segundo o mesmo boletim divulgado nesta semana ultrapassaria o teto da meta, alcançando 6,67%. A taxa básica de juros serve como referencial para o crédito no país e teoricamente ajuda a controlar o consumo, pois dificulta essas operações em diversos níveis da economia. Da matéria-prima ao produto final.
A expectativa era de uma resposta praticamente unânime do mercado, mas existem várias perspectivas a serem analisadas em relação à alta da taxa. O presidente da Associação Brasileira de Indústria Gráfica (Abigraf), Levi Ceregato, vê o aumento como algo positivo. “Esperamos que venha daí a confiança necessária por parte do mercado para retomar os investimentos produtivos que permitirão ao Brasil, país com imenso potencial de recursos naturais, a retomada do crescimento sustentável em favor da nossa competitividade”, afirmou.
Já a Confederação Nacional da Indústria (CNI) acha que a decisão dificultará ainda mais a recuperação da economia. Em nota oficial divulgada nesta quarta-feira, 21, a Confederação avalia: “Os efeitos diretos dessa medida são a elevação dos custos dos financiamentos, a dificuldade de acesso ao crédito e a consequente redução do consumo das famílias e dos investimentos das empresas.” Para a CNI o importante nesse momento é criar um ambiente de credibilidade e confiança no país para estimular competitividade e investimentos.
Importante ressaltar que este já e o terceiro aumento seguido e o nível da Selic não cai desde 2012, quando baixou de 7,5 em agosto para 7,25% em outubro. Em contrapartida, a inflação continua a subir invariavelmente e fechou 2014 em 6,41%.
Com informações do Estado de São Paulo, da Agência Brasil e do jornal O Globo.
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