Segundo BC, poder aquisitivo do salário mínimo é o maior em 50 anos
O Boletim Regional do Banco Central (BC), apresentado nesta quinta-feira, 12, destacou a melhora no poder de compra do salário mínimo no país. Segundo o levantamento, o salário atingiu em janeiro deste ano o maior poder de compra registrado desde 1965.
No Brasil, 28,2% dos trabalhadores assalariados recebem o mínimo e 54,4% ganham de um a três salários.
A valorização, segundo a instituição, está relacionada à elevação da renda real dos trabalhadores e a política de valorização de 2008, durante o governo Lula, que foi a grande responsável pela recuperação do poder aquisitivo. Desde então, o valor é reajustado anualmente com base no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores e da inflação, considerando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano anterior.
O INPC é o índice inflacionário baseado no custo médio de vida das famílias com rendimento entre um e cinco salários e indica variações de preços nos grupos mais sensíveis, que gastam a maior parte da renda no chamado consumo corrente, que engloba setores como medicamentos e alimentação.
Quem sofre os efeitos da valorização é a indústria, pois o maior poder de compra faz com que a mão de obra fique mais cara.
O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) também constatou o aumento da valorização do salário. Em pesquisa divulgada mês passado, o Dieese calculou que o salário atual, de R$ 788, é capaz de comprar 2,22 cestas básicas, melhor relação desde 1979. Mas segundo o departamento o valor ainda está longe do ideal. Para que o mínimo cubra as necessidades básicas de uma família de quatro pessoas, o valor precisaria corresponder a R$ 3.118,62.
Com informações da Agência Brasil.
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