Entidade de financeiras afirma que a economia já não cresce no ritmo chinês do primeiro trimestre e que expectativas de inflação já estão declinando.

O Sindicato das Financeiras do Estado do Rio de Janeiro (Secif-RJ) acaba de divulgar nota em que considerou demasiada a elevação de 0,75 na taxa básica de juros na reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) encerrada agora há pouco. A entidade lembra que o PIB divulgado ontem foi do primeiro trimestre e que a economia não cresce mais àquele nível.

O presidente da entidade que agrega as financeiras, José Arthur Assunção, lembra que até as expectativas de inflação já apresentam queda: “Apesar de a inflação realmente mostrar-se consistente, deverá arrefecer nos próximos meses. O forte crescimento da economia no primeiro trimestre já nos fez chegar ao nível pré-crise de 2008 e, agora, deverá estabilizar. Com isso, a inflação tende a apresentar forte declínio. Acado de receber a informação de que o IPCA de maio acabou de ser anunciado e veio abaixo de todas as expectativas dos agentes econômicos até então”.

“Mesmo se o crescimento do PIB chegar realmente perto dos 7% esse ano será reflexo do crescimento pífio de 2009, já que a base de comparação era muito baixa. Deveremos estabilizar o crescimento em torno dos 5,5% já a partir do próximo ano e de modo sustentável, o que é um fato para ser comemorado. E a taxa de juros não precisará ficar em dois dígitos para conter possíveis repiques inflacionários”, defende.

Segundo Assunção, com a inflação retornando ao centro da meta – “prevejo que isso aconteça ainda esse ano” -, o Copom trará a taxa Selic ao nível de um único dígito novamente no início do ano que vem.