Saúde, educação e defesa lideram ranking de investimentos federais
O aumento dos investimentos nos Ministérios da Educação, Saúde e Defesa, entre janeiro e outubro de 2011 e o mesmo período de 2012, somaram R$ 5,2 bilhões. Só a educação recebeu R$ 8,3 bilhões em recursos, ficando à frente até mesmo do setor de transportes como área de maior investimento. Neste, houve recuo de R$ 10,5 bilhões entre janeiro e outubro de 2011 para R$ 8,1 bilhões no mesmo período deste ano.
As informações, do colunista Fernando Dantas, do Estado de S. Paulo, dão conta que a única área que recebeu mais recursos que educação, saúde e defesa foi o programa Minha Casa Minha Vida, com repasse de R$ 11,4 bilhões no período. Mas neste caso, a maioria do dinheiro é liberado como subsídio, o que exclui o programa da conta de investimentos de custeio.
De acordo com o economista Mansueto Almeida, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), ouvido pela coluna, o governo não tem dificuldades em dar andamento a obras mais simples de construção, como escolas, creches, universidades e hospitais, mas parece esbarrar em obstáculos diante de empreendimentos mais complexos, que exigem planejamento, como estradas, portos e aeroportos. Nestes, problemas de licença ambiental e diversos entraves jurídicos freiam a ação do setor público.
Embora, segundo o economista, saúde e educação sejam áreas de extrema necessidade de investimentos, estes recursos terão efeito a longo prazo, o que não ajuda no objetivo do país em reduzir o custo Brasil e acelerar o investimento a curto e médio prazo. Para Almeida, a falta de investimento e planejamento em setores que garantam crescimento imediato pode prejudicar a retomada que o Brasil deve enfrentar nos próximos quatro ou cinco anos. Já os investimentos militares, de acordo com o economista do Ipea, não representam uma contribuição mais significativa para o crescimento nem no curto nem no médio e longo prazo.
Com informações do Estado de S. Paulo.
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