Dora Ramos*

“Para evitar imprevistos, é fundamental que uma série de cuidados seja tomada: é imprescindível que a papelada esteja ordem, com a separação do que é dedutível no Imposto de Renda.”
“Para evitar imprevistos, é fundamental que uma série de cuidados seja tomada: é imprescindível que a papelada esteja ordem, com a separação do que é dedutível no Imposto de Renda.”

O mês de março chega acompanhado da declaração do Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF) e pedindo muito da nossa atenção. Com correção anual automática de 4,5%, em 2014 os contribuintes que receberem mais de R$ 1.787,77 por mês terão que acessar o portal da Receita Federal e preencher o formulário de declaração. Por isso, brasileiros, adiantem-se com o levantamento dos dados para que tudo não fique para a “última hora”.

É importante que todos estejam atentos aos prazos, quanto antes a declaração for entregue, mais rapidamente a restituição será liberada e o dinheiro cairá na conta do contribuinte. Aos que descumprirem as determinações, um aviso: quem não declarar durante os dois meses disponibilizados pelos órgãos responsáveis terá de pagar multa de, pelo menos, R$ 165,74 pelo atraso, com o valor podendo chegar a 20% do Imposto de Renda devido.

Ainda pior que o atraso, no entanto, é declarar de forma errada. Como já é sabido por todos, a restituição do IR começa a ser liberada em junho, em lotes mensais, e o contribuinte que se equivocar ao preencher o formulário de declaração pode cair na temida “malha fina”, tendo direito a receber o dinheiro restituído apenas quando a situação estiver regularizada. Preste bastante atenção na hora de declarar dependentes: um filho que declara a mãe como dependente, por exemplo, quando outro filho ou o marido também já tenha declarado, será pego pela Receita.

Para evitar imprevistos, é fundamental que uma série de cuidados seja tomada: é imprescindível que a papelada esteja ordem, com a separação do que é dedutível no Imposto de Renda, como gastos com educação (escolas e cursos); saúde (planos de saúde e consultas médicas, por exemplo); contribuições previdenciárias; doações a entidades e pagamentos de pensão alimentícia – os comprovantes de todas essas despesas devem estar guardados.

Com atenção ao prazo e a documentação organizada, o brasileiro conseguirá cumprir seu papel sem se complicar em um procedimento tão rotineiro. Apenas algumas horas do dia já são suficientes para que fiquemos tranquilos com nossas obrigações com o IR, longe de quaisquer sustos com o “Leão”.

* Dora Ramos é especialista em Contabilidade e Finanças Pessoais e diretora da Fharos Contabilidade e Gestão Empresarial.

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