Safra nacional de grãos cresce 11,6% em 2010 e bate novo recorde, segundo IBGE
A safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas atingiu, em 2010, novo recorde, com 149,5 milhões de toneladas. Esse volume supera em 11,6% o obtido em 2009, que foi de 134 milhões de toneladas, e é 0,4% maior do que o previsto em novembro. O aumento em relação à estimativa do mês anterior se deve às maiores produções de aveia em grão (11,6%), cevada em grão (1,3%), milho em grão total (0,7%), trigo em grão (4,2%) e triticale em grão, cereal obtido a partir do cruzamento do trigo com o centeio, com alta de 5,8%.
Os dados fazem parte da 12ª estimativa do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, divulgada nesta quinta-feira, 6, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que traz as informações consolidadas do ano passado.
De acordo com o IBGE, a safra recorde anterior havia sido registrada em 2008 (146,0 milhões de toneladas).
O levantamento do IBGE destaca ainda que a área colhida em 2010 somou 46,6 milhões de hectares, sendo 1,3% menor que a de 2009. As três principais culturas – que, somadas, representam 90,9% da produção de grãos no país e por 83,5% da área colhida – tiveram os seguintes resultados na passagem de um ano para outro: a soja apresentou ampliação de 7,1% em relação à área colhida e de 20,2% na produção; o arroz registrou queda de 6,3% na área e decréscimo de 10,1% na produção; e o milho, queda de 6,5% na área e aumento de 9,4% na produção.
O Paraná liderou a produção nacional de grãos em 2010, com uma participação de 21,6%, seguido por Mato Grosso, com 19,3%, e pelo Rio Grande do Sul, com 16,9%. Esses estados representam juntos 57,8% do total nacional.
Na Região Sul, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas alcançou 64,1 milhões de toneladas. No Centro-Oeste, foram 52,5 milhões de toneladas e, no Sudeste, 17,1 milhões de toneladas. No Nordeste, o volume chegou a 11,9 milhões de toneladas e, no Norte, a 4,0 milhões de toneladas. Comparativamente à safra passada, houve incrementos nas regiões Norte (6,0%), Sul (22,3%), Centro-Oeste (7,4%) e Nordeste (0,9%), enquanto no Sudeste houve queda de 0,7%.
Thais Leitão / Agência Brasil
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