As reservas internacionais do Brasil fecharam(16) em US$ 209,576 bilhões no conceito de liquidez, o que se constitui no mais alto nível das disponibilidades cambiais do país em todos os tempos.

O número foi divulgado hoje pelo Banco Central e bate o recorde anterior, que era de US$ 209,38 bilhões, em 6 de outubro do ano passado. A partir daquela data o BC se viu obrigado a gastar parte das reservas para conter a valorização do dólar, que se intensificou com a deterioração da crise financeira internacional, a partir de setembro de 2008, e retirada de investimentos estrangeiros do país.

O dólar chegou a ser cotado a R$ 2,53, no início de dezembro, mas de lá para cá a valorização da moeda norte-americana entrou em declínio: se estabilizou no patamar de R$ 2,20 no primeiro trimestre do ano; de abril em diante caiu mais, situando-se na faixa de R$ 2,00; e nos últimos 30 dias variou entre R$ 1,90 e R$ 2,00.

Essa estabilidade cambial fez com que a autoridade monetária retomasse a política anterior à crise, de comprar dólares no mercado à vista, sempre que possível, para recompor as reservas. No último mês de maio o BC voltou à posição de comprador, aproveitando o aumento de oferta de dólares no mercado interno, provocado pelo retorno gradativo de investimentos estrangeiros.

Os gastos do BC para segurar a cotação do real fizeram as reservas descerem ao nível de US$ 199 bilhões, em 19 de fevereiro deste ano, mas com a melhora do cenário econômico, aqui e lá fora, a autoridade monetária voltou às compras e adquiriu US$ 2,74 bilhões em maio, US$ 3,24 bilhões em junho e mais US$ 1,15 bilhão neste mês.

Stênio Ribeiro – Agência Brasil

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