Renúncia do premiê grego estimula oportunismo do parlamento
Nesta sexta-feira, 21, ala mais radical do partido Syriza anunciou a cisão e deverá formar um novo grupo, batizado inicialmente de Unidade Popular e liderado por Panayotis Lafazanis, um dos defensores da saída do Euro e da volta da antiga moeda grega, o Dracma. Do lado conservador do parlamento, Vangelis Meimarakis, presidente do partido Nova Democracia, um dos principais rivais do Syriza, anunciou que tentará formar um governo e evitar a convocação de eleições antecipadas.
Essa reorganização política na Grécia ocorre depois da renúncia do líder do partido de extrema esquerda Syriza, Aléxis Tsipras, anunciada na quinta-feira, 20. Tsipras foi um dos responsáveis por desestabilizar o sistema de dívidas da União Europeia (UE). Em discurso na televisão, ele afirmou que não conseguiu o acordo desejado inicialmente, mesmo que a parte difícil das negociações já tenha passado. “Estou renunciando porque esgotei o mandato que o povo me deu na eleição geral de janeiro”, disse.
A renúncia vem depois de uma perda gradativa de apoio do próprio partido no parlamento da Grécia. O acordo fechado com os credores da dívida externa acabou rachando o próprio Syriza.
Aqui no Brasil, a presidente Dilma Rousseff afirmou ter conversado com a chanceler alemã, Angela Merkel, sobre a renúncia de Tsipras. “A renúncia de Tsipras faz parte, não de uma crise, mas de uma solução. Foi isso que a chanceler disse para mim. Ele vai recompor o governo dele”, revelou.
A crise tem sido bastante lucrativa para a Alemanha. Com a fuga dos investidores gregos para o mais próspero país europeu, a lucratividade alemã chegou aos US$ 110 bilhões em juros desde 2010, de acordo com pesquisa do Halle Institute for Economic Research.
Com informações do portal G1, da Folha de S. Paulo e da BBC Brasil.
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