Recursos para financiar exportações chegam a US$ 1,1 bi na primeira semana do mês
No caso dos contratos de pagamentos antecipados de exportação (PA), o saldo foi de US$ 441 milhões na semana passada e de US$ 42,5 bilhões no acumulado do ano, contra US$ 515 milhões e US$ 42,5 bilhões registrados no mesmo período de 2007.
Com o agravamento da crise financeira internacional, em meados de setembro, os exportadores enfrentaram dificuldades para conseguir financiamento. Mas, segundo o vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, com os leilões do Banco Central com o objetivo de financiar as exportações, houve “uma melhora acentuada” na concessão de financiamentos para o setor. Ele ressaltou, entretanto, que o problema agora está na redução da demanda mundial, que é um efeito da crise financeira internacional.
No último dia 4, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, informou que, desde setembro, foram leiloados US$ 3,8 bilhões para as instituições financeiras, que oferecem como garantia concessões de ACC e Adiantamento Cambial Entregue (ACE). O objetivo é que os bancos financiem as exportações com esses recursos.
Castro afirmou que, mesmo com a melhora na liberação dos recursos, os bancos estão mais rigorosos na concessão de crédito e que há uma desconfiança tanto de exportadores quanto dos compradores de produtos por conta da crise. Além disso, há redução dos preços das commodities. De acordo com Castro, quem mais sofre com essa situação são as micro e pequenas empresas, que representam 90% das 20 mil empresas exportadoras do país.
A expectativa “mais otimimista” de Castro é de redução das exportações em US$ 20 bilhões (10%) em 2009, na comparação com este ano. No acumulado do ano até a primeira semana de dezembro, as exportações brasileiras somam US$ 187,112 bilhões. Castro não quis informar a projeção “mais pessimista”. Ele lembrou que até o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior adiou a divulgação da meta de exportações em 2009. A informação só será divulgada no próximo ano. “Se o governo divulgasse hoje, seria um valor negativo, mas esse cenário pode mudar”.
Agência Brasil / Kelly Oliveira
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