Receita Federal explica a violação dos sigilos de tucanos
Em entrevista coletiva no Ministério da Fazenda na manhã dessa sexta-feira (27), o secretário nacional da Receita Federal, Otacílio Cartaxo, falou que o órgão está “extremamente constrangido” e “traumatizado” com o episódio do vazamento de informações fiscais sigilosas de quatro integrantes do PSDB, registrado em uma unidade fiscal de Mauá, no ABC paulista. Foi a primeira vez que a Receita admitiu abertamente a ocorrência do vazamento dos dados dos quatro integrantes do PSDB.
O caso está sob investigação na Corregedoria Geral da Receita, em parceria com a Polícia Federal, e envolve a violação do sigilo fiscal do vice-presidente executivo do PSDB, Eduardo Jorge, e outros três integrantes do partido.
O corregedor-geral da Receita Federal, Antonio Carlos Costa D’Avila, é responsável por comandar as investigações sobre a violação dos sigilos fiscais de quatro integrantes do PSDB, e afirmou na coletiva que o trabalho do órgão na apuração do caso identificou indícios da existência de um “balcão de compra e venda” de informações da Receita.
O corregedor, no entanto, admite que grupos políticos podem ter utilizado o suposto “balcão” de compra e venda de informações: “Houve compra e venda de informações, independente de grupos mandantes. Não identificamos nenhum vínculo político partidário. Se eventualmente tem alguns políticos que estão lá, é porque algum grupo utilizou isso para obter informações.”
O secretário da Receita, Otacílio Cartaxo, ainda descartou a motivação política ou eleitoral no vazamento dos dados dos integrantes do PSDB e afirmou que o episódio não passou de “simples mercantilização” de informações, mesmo reconhecendo a existência de intermediadores na suposta violação de dados do órgão.
Com informações do portal G1.
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