Queda em dezembro não refletiu no resultado da indústria em 2013, diz CNI
Mesmo com dezembro fraco, indústria teve crescimento no faturamento de 3,8% em relação a 2012, mostra CNI.

Os declínios nos meses finais do ano não impediram a indústria de transformação de mostrar indicadores positivos em 2013, destacando-se o faturamento real, que cresceu 3,8% em relação a 2012, na série sem influências sazonais. Com esses resultados, o setor recuperou-se apenas parcialmente do fraco desempenho de 2012.  A informação é da pesquisa Indicadores Industriais de dezembro, divulgada nesta quarta-feira, 5, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Mesmo com a indústria operando com baixa intensidade, cresceram também, em 2013, comparativamente ao ano anterior os indicadores do mercado de trabalho: massa salarial real (1,7%) e o rendimento médio real (0,9%), considerados os ajustes sazonais, e o emprego (0,8%) e as horas trabalhadas (0,1%). A utilização da capacidade instalada (UCI) registrou alta de 0,3 pontos percentuais na média entre um ano e outro.

A pesquisa revela que, sobre o ano anterior, em 2013 o faturamento aumentou em 17 dos 21 setores observados, com os maiores índices registrados nos setores de máquinas e materiais elétricos (17,7% mais) e madeira (12, 2% acima de 2012). O emprego cresceu em 14 setores, cabendo ao setor de bebidas o índice mais elevado, com 4,3%. No polo oposto, foi o setor de bebidas que assinalou, contudo, a maior queda no faturamento, com um recuo de 14,3% em relação a 2012.

Já a massa salarial recuou em 10 setores, com destaque para impressão e reprodução (menos 3,4%), enquanto o rendimento médio real cresceu em apenas oito setores, com menção para o químico (mais 22,6%). “Ou seja, há considerável desequilíbrio no comportamento setorial da massa salarial e rendimento médio”, pontua a pesquisa. O indicador que mede as horas trabalhadas na produção registrou queda na maioria dos setores – em 11 deles, entre os quais se sobressaiu o setor de outros equipamentos de transporte, como navios e elevadores, com 14% menos sobre 2012.

Para o gerente-executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, a retração da atividade industrial nos dois últimos meses do ano dificulta a retomada da produção, em 2014, em patamares mais elevados de crescimento. Declarou-se preocupado com a possibilidade de maior aperto da política monetária, com a alta mais acentuada e prolongada dos juros, já que a contenção dos gastos públicos não está ajudando no combate à inflação. “Parte do estímulo que a indústria pode ter para crescer mais em 2014, como o câmbio favorável, pode ser anulada pelo aperto monetário. É crucial que tenhamos uma melhoria das contas fiscais”, enfatizou Castelo Branco.

Dezembro fraco – Os principais indicadores da indústria foram positivos na comparação anual mesmo diante do comportamento de dezembro último, quando todos os indicadores registraram retração, à exceção isolada do emprego,  que se manteve praticamente estável em relação a novembro, com crescimento de 0,1%.

Caíram em dezembro, comparativamente ao mês anterior, de acordo com a pesquisa, o faturamento (menos 1,1%), a massa salarial (0,2% abaixo) e o rendimento médio (menos 0,3%),  na série sem influências sazonais, e ainda as horas trabalhadas, que recuaram 2,5% sobre novembro. A UCI caiu de 81,9% para 81,4%. Os dados de dezembro, destaca a CNI, “caracterizam um ritmo mais lento e deflagram a dificuldade que a indústria possui para retomar o crescimento contínuo e vigoroso”.

Com informações da Assessoria de Imprensa da CNI.

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