Queda da economia leva à redução de empréstimos dos bancos
O ritmo da economia está impactando também no saldo do crédito ofertado pelos bancos para empresas e família. Em fevereiro, o volume recuou 0,5% e fechou o período em R$ 3,184 trilhões. Esse é o segundo mês consecutivo em que é registada queda nesse valor. O saldo correspondeu a 53,6% de tudo o que o país produz – Produto Interno Bruto (PIB), queda de 0,4% na comparação com janeiro. As informações foram divulgadas pelo Banco Central.
Para o ano, o BC revisou a projeção de crescimento do saldo das operações de crédito de 7% para 5%. No caso do crédito livre, em que os bancos têm autonomia para aplicar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros, a projeção de expansão passou de 5% para 2%. A estimativa para o crescimento do crédito direcionado (empréstimos com regras definidas pelo governo, destinados, basicamente, aos setores habitacional, rural e de infraestrutura) foi alterada de 9% para 7%.
Os bancos públicos devem apresentar expansão do saldo dos seus empréstimos de 9%. A projeção anterior era 8%. Já os bancos privados nacionais devem ter queda de 1%. A projeção anterior era de crescimento de 2%. De acordo com as estimativas do BC, o saldo do crédito dos bancos privados estrangeiros vai crescer 4%, estimativa cortada pela metade em relação à divulgada em dezembro (8%).
De acordo com o Banco Central, o recuo no crédito para as famílias foi influenciado, em fevereiro, pela redução nos gastos com cartão de crédito à vista. Em janeiro, comparado ao mês anterior, houve recuo 3,4% no saldo dessa modalidade.
O crédito livre para as empresas também recuou no mês passado: 1%. A principal modalidade desse tipo de crédito, o capital de giro, recuou 1,3%. O capital de giro com prazo inferior a 365 dias, concedido principalmente a pequenas e médias empresas, caiu 2,2%.
Com informações da Agência Brasil.
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