Em junho, pelo terceiro mês consecutivo, o Brasil teve saldo positivo na geração de empregos formais. Foram 9.821 postos de trabalho criados em todo o país. A variação é de 0,03% em relação ao estoque do mês anterior. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

O resultado é a diferença entre 1.181.930 admissões e 1.172.109 desligamentos. No acumulado do ano, o crescimento chega a 67.358 vagas abertas, representando expansão de 0,18% em relação ao estoque de dezembro de 2016. Em comparação a igual período de 2016, o saldo foi negativo em -531.765.

No acumulado dos últimos 12 meses, o Caged ainda aponta uma redução de 749.060 postos de trabalho.

De acordo com o Caged, o saldo positivo de junho foi impulsionado por dois setores. A Agropecuária fechou o mês com 36.827 novos postos, repetindo o bom desempenho de maio, quando já havia registrado saldo positivo de 46.049 novas vagas. O cultivo de café foi o destaque, com 10.804 postos criados, principalmente em Minas Gerais.

Também se destacaram os subsetores de atividades de apoio à agricultura, que teve 10.645 vagas abertas, concentrado em São Paulo; cultivo de laranja, que abriu 7.409 postos, também concentrado em São Paulo; e o cultivo de soja, que teve 2.480 novas vagas, principalmente em Mato Grosso.

O outro destaque setorial foi a Administração Pública, que fechou o mês com a criação de 704 novas vagas de emprego. Já os demais setores apresentaram redução: Construção Civil, com -8.963 postos, Indústria de Transformação, com -7.887 postos, Serviços, com -7.273 postos, e Comércio, com -2.747 postos.

Na Indústria de Transformação, no entanto, três subsetores se destacaram com saldos positivos. O número de contratações foi maior que o de desligamentos na indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico, com 3.772 postos; indústria têxtil do vestuário e artefatos de tecidos, com 1.376 postos; e indústria química de produtos farmacêuticos, veterinários, perfumaria, com 735 postos,

No setor de serviços, também houve criação de novas vagas no subsetor de serviços médicos, odontológicos e veterinários, que teve 7.266 novos postos abertos.

Entre as regiões, o Sudeste liderou a criação de vagas, com 9.273 novos postos. O desempenho da região foi puxado por Minas Gerais, que teve saldo positivo de 15.445 postos, graças à expansão dos setores de agropecuária e serviços.

Outro destaque entre as regiões foi o Centro-Oeste, que abriu 8.340 vagas. Nesse caso, o saldo positivo foi impulsionado pelo Mato Grosso, com 5.779 vagas abertas, principalmente nos setores de Agropecuária (2.614), Comércio (1.070), Serviços (761), Construção Civil (757) e Indústria de Transformação (531). Goiás também teve forte expansão, com 4.795 novos postos, refletindo o desempenho de Indústria de Transformação (2.117), Serviços (1.486) e Construção Civil (628).

Foto: Jaelson Lucas/ANPr/FotosPúblicas

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