Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) reduziram a projeção para a taxa básica de juros, a Selic, ao final de 2009 de 9% para 8,75% ao ano. A previsão é que a redução dos juros básicos em 0,5 ponto percentual ocorra na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, em julho, e depois disso a Selic permaneça inalterada até o final do ano. A informação consta do boletim Focus, publicação semanal elaborada pelo BC com base em projeções de instituições financeiras para os principais indicadores da economia.

No último dia 10 de junho, o Copom reduziu os juros básicos de 10,25% para 9,25% ao ano. Na ata da reunião, divulgada na última quinta-feira (18), o comitê avaliou que ainda há “margem residual” para corte de juros.

Para o final de 2010, no entanto, os analistas esperam juros mais altos. A estimativa para a Selic subiu de 9,14% para 9,25% ao ano.

O Banco Central é responsável por perseguir a meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional e para isso a autoridade monetária usa a taxa básica de juros como instrumento de controle.

A meta de inflação para este e o próximo ano é de 4,5%, com margem inferior de 2,5% e superior de 6,5%. O Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) foi o escolhido pelo governo para acompanhar a meta. Na projeção dos analistas de mercado, o IPCA deve fechar o ano em 4,40% e não mais em 4,39% como previsto na semana anterior. Para 2010, a estimativa permanece em 4,30%.

As estimativas para os demais índices de inflação neste ano foram reduzidas. A previsão para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) passou de 1,82% para 1,53%. No caso do Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), a expectativa caiu de 1,41% para 1,31%. No mercado paulista, o Índice de Preço ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) passou de 4,27% para 4,22%. Para 2010, as projeções para os três índices foram mantidas em 4,50%.

A expectativa para os preços administrados foi mantida em 4,30% para este ano e ajustada de 3,95% para 3,90% para 2010. Os preços administrados referem-se aos valores cobrados por serviços monitorados (combustíveis, energia elétrica, telefonia, medicamentos, água, educação, saneamento, transporte urbano coletivo e outros).

Kelly Oliveira – Agência Brasil

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