Produção industrial volta a crescer após sete meses
Após sete meses consecutivos de queda, a produção industrial do Brasil em janeiro avançou 0,4% em relação a dezembro, quando acumulou perda de 8,7%. Os dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal Produção Física Brasil (PIM-PF) e foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No entanto, se comparar esse resultado com janeiro de 2015, a indústria teve queda de 13,8%, a vigésima terceira taxa negativa consecutiva. Já a queda de 9% no resultado acumulado nos últimos doze meses (a taxa anualizada) foi a mais intensa desde novembro de 2009, mantendo uma trajetória descendente iniciada em março de 2014 (2,1%).
O acréscimo de 0,4% da atividade industrial em janeiro mostrou taxas positivas em três das quatro grandes categorias econômicas e em 15 dos 24 ramos pesquisados. Entre os setores, a principal influência positiva foi registrada por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, que avançou 2,8%, segunda taxa positiva consecutiva, acumulando nesse período expansão de 6,6%.
Media global da produção industrial
O desempenho de maior impacto para a média global foi assinalado por indústrias extrativas, que recuou 2,7%, quarto resultado negativo consecutivo, acumulando nesse período redução de 15,2%.
Outros impactos negativos importantes foram observados nos setores de produtos alimentícios (-0,6%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (-1,0%) e de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-3,6%).
Entre as grandes categorias econômicas, bens de capital, ao avançar 1,3%, e bens intermediários (0,8%) mostraram as expansões mais acentuadas em janeiro de 2016. O setor produtor de bens de consumo semi e não duráveis fechou com crescimento de 0,3%, a terceira expansão consecutiva, com ganho acumulado de 0,8%. Já o segmento de bens de consumo duráveis (-2,4%) teve o único resultado negativo em janeiro, após avançar 8% em dezembro, quando interrompeu quatro meses consecutivos de redução na produção.
Ainda segundo a pesquisa do IBGE, os segmentos de bens de consumo duráveis (0,7%) e de bens de consumo semi e não duráveis (0,2%) assinalaram taxas positivas em janeiro, com o primeiro interrompendo 13 meses consecutivos de queda e o segundo voltando a crescer, após comportamento negativo desde julho de 2015.
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