O mês de abril registrou a terceira queda seguida dos índices da produção industrial brasileira. Na série de pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o recuo em relação a março foi de 1,2%, o pior resultado para o período desde 2011, quando a diminuição na produção foi de 2,7%.

O levantamento é livre de influências sazonais, ou seja, só conta baseando-se nos dias úteis. Se comparado ao mês de abril do ano passado, a retração foi ainda maior, de 7,6%, de acordo com a pesquisa. No acumulado dos 12 meses finalizados em abril, o resultado negativo de 4,8% é o pior desde dezembro de 2009.

As montadoras foram novamente as que mais puxaram pra baixo os níveis de produção, com uma queda de 2,5% no mês. Esta foi a sétima queda consecutiva no segmento. Das 24 atividades pesquisadas, 19 sofreram um declínio. Das outras, as que registraram maiores aumentos de produção foram os produtos de fumo (5,9%), os derivados de petróleo e biocombustível (1,5%) e as indústrias extrativistas (1,5%).

Os resultados foram divulgados na manhã desta terça-feira, 2, e, à tarde, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou que o país vai “virar a produção industrial”. O ministro também falou sobre o segmento automotivo, responsável pela maior parte das quedas de produtividade na indústria. “Obviamente nós tivemos alguns anos com muito apoio e uma produção [de veículos] que foi muito mantida pelo crédito público. Aí acho que é um período de acomodação”, afirmou Levy.

Com informações do jornal Estado de S. Paulo, da Folha de S. Paulo e da Agência Brasil.