gastos públicos

A prioridade na área econômica do governo do presidente interino Michel Temer é conter os gastos públicos. A afirmação é do novo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, em entrevista concedida nesta sexta-feira, 13, ao jornal Bom Dia Brasil, da TV Globo.

Para Meirelles, o governo tem de controlar as despesas para evitar o crescimento real dos gastos públicos. “Estamos trabalhando em um sistema de metas de despesas, onde não haja crescimento real de despesas”, afirmou. O ministro destacou, ainda, que o governo irá estabelecer o “nominalismo para que as contas sejam mantidas em termos nominais.”

Por mais de uma vez, o titular da Fazenda repetiu que, uma vez anunciadas e implementadas, as medidas serão mantidas.  “Não podemos tomar uma decisão hoje, outra amanhã, anunciando uma terceira na semana seguinte”, enfatizou.

Meirelles reforçou também que, neste momento, o mais importante é “dizer a verdade e ser claro nas contas públicas”. Para ele, é preciso mostrar o que está acontecendo, com base em um levantamento de dados. “Com segurança, com clareza, nós vamos tomar e anunciar as medidas necessárias, o que será feito em um prazo relativamente breve”, disse.

Bancos públicos

Em relação à nomeação dos cargos para os bancos públicos, Meirelles garante que o governo buscará apenas nomes técnicos e profissionais. “Não serão nomeados profissionais que não passam em um crivo pessoal meu”, afirmou.

Meirelles destaca que os bancos públicos precisam ser administrados como entidades financeiras públicas, que existem para financiar o consumo e a produção. “Isso não é instrumento de política, mas de crédito e poupança”, comentou.

CPMF

Tema de discussão entre governo e oposição nos últimos meses, a criação da nova CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras) ainda será analisada pela equipe econômica de Temer. O ministro afirmou que a proposta enviada será retirada do Congresso por enquanto. “Preferencialmente não se deveria haver aumento de imposto. No entanto, existe uma prioridade — que é o equilíbrio das contas públicas. Então, tem que se analisar se é necessário um imposto temporário, de um prazo determinado, ou idealmente que não haja,” disse.

Gastos públicos com a Previdência

Meirelles enfatizou que a reforma da previdência é fundamental. Para realizá-la, uma das saídas é estabelecer a idade mínima para aposentadoria.”O caminho está claro: idade mínima com uma regra de transição.”

Com informações do jornal Bom Dia Brasil.

Imagem: Agência Brasil.

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