Primeiro Fundo Garantidor de Investimentos ganha adesão de oito agentes financeiros
Os representantes do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal, do Bradesco, Itaú, Santander, da Caixa RS, do BRDE e InvestRio assinaram ontem (17) o memorando de adesão ao primeiro Fundo Garantidor para Investimentos (BNDES FGI).
Os FGIs foram criados pela Medida Provisória 464, de junho deste ano, como entidades de natureza privada, ou seja, com patrimônio próprio. Segundo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), isso significa que o fundo não estará sujeito a contingenciamento orçamentário, o que o torna mais flexível. “Ele é um fundo público de natureza privada, o que significa que não é passível de contingenciamento”, disse o vice-presidente do BNDES, Armando Mariante.
O BNDES FGI entrará em operação no fim deste mês, com recursos iniciais de R$ 680 milhões, dos quais R$ 580 milhões oriundos do Tesouro Nacional e R$ 100 milhões do BNDES. “Como se espera uma alavancagem de até 12 vezes, nós estamos falando de algo em torno de R$ 8 bilhões (em empréstimos), que é um montante bastante expressivo para um primeiro movimento, sobretudo tratando-se de MPEs (micros e pequenas empresas)”, afirmou.
O novo fundo facilitará o acesso ao crédito pelas micro, pequenas e médias empresas. Ele oferecerá garantias para financiamento, também, a caminhoneiros autônomos e microempreendedores individuais, ambos pessoas físicas.
Para repassar o dinheiro do fundo, os agentes financeiros terão de aportar recursos equivalentes a 0,5% do valor das garantias que pretendem contratar, explicou Mariante. Significa que para emprestar R$ 100 milhões, por exemplo, deverão ser aportados pelo agente R$ 500 mil.
O BNDES FGI é operado pelo BNDES e tem como essência a transferência do risco de crédito da empresa para si próprio, informou o vice-presidente do banco. Ele explicou ainda que o fundo “garante a eventual inadimplência de uma empresa que obteve crédito do BNDES”.
O novo fundo vai garantir até 80% do risco de crédito de operações de repasse do banco às micro e pequenas empresas, com um custo máximo de 0,15% ao mês. Dessa forma, o BNDES contribui para eliminar um dos principais entraves ao financiamento às empresas de pequeno porte, que é a dificuldade de apresentarem garantias.
Alana Gandra – Agência Brasil
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