Preço do açúcar acumula alta de 56% nos últimos 12 meses
Nos primeiros seis meses de 2016, o preço do açúcar subiu 16,5% e ultrpassou em 10 pontos percentuais o IPCA, índice oficial de inflação do IBGE, que no mesmo período acumulou alta de 6,17%. Os dados são da GfK, que elabora o índice Abrasmercado, em parceria com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
Em junho, o preço médio do quilo do produto nos supermercados e hipermercados chegou a R$ 2,72, ficando 56% acima dos R$ 1,74 registrados em junho de 2015, enquanto o IPCA acumulado dos últimos 12 meses foi de 8,89%.
Entre as explicações para essa expressiva alta estão as condições climáticas e o grande volume de exportações. Segundo a GfK, as fortes chuvas do primeiro semestre atrasaram a colheita de cana-de-açúcar e afetaram produção que estava em grande parte comprometida com as exportações. A combinação desses dois fatores reduziu a oferta do produto no mercado interno.
Preço do açúcar sobe e o do feijão pode descer
Depois de subir, em média, 33% em todo o Brasil desde o começo do ano, o preço do feijão pode diminuir em agosto, quando começa a colheita da terceira safra do produto, de acordo com Associação das Empresas Cerealistas do Brasil (Acebra). A expectativa é de que a partir de julho os preços já tenham alguma acomodação.
Para a Acebra, a importação do produto não trará impacto no preço, porque o feijão carioca, o mais consumido no País, não é produzido no mercado externo.
Em junho, o governo federal autorizou a importação de feijão de alguns países, com o objetivo de reduzir o preço do produto. O alimento teve elevação de preço devido a fatores climáticos que afetaram a safra ao longo do primeiro semestre.
Safra de grãos
A produção brasileira de grãos da safra 2015/16 deve chegar a 189,3 milhões de toneladas, com um decréscimo de 8,9% ou 18,5 milhões de toneladas menor que a anterior, que foi de 207,7 milhões de toneladas. Os números estão no boletim do 10º levantamento da safra de grãos, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Foto: Mayke Toscano/Gcom-MT
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