Nesta semana, o cenário econômico recebeu duas notícias que dão esperança e, ao mesmo tempo, continuam causando preocupação. Por um lado, o desemprego segue crescendo e, por outro, o governo melhorou a expectativa de crescimento da economia em 2017. Além disso, a intenção de consumo das famílias voltou a crescer e uma pesquisa revelou que os jovens empreendedores conhecem, mas ainda não aderiram em massa às novas tecnologias. O resumo de tudo isso você poderá conferir no podcast dessa semana.

A estimativa de expansão do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) passou de 1,2% para 1,6% para o próximo ano, animando o cenário econômico, de acordo com o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Carlos Hamilton Araújo.

Em paralelo, a projeção para inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi mantida em 4,8%. Os números serão usados na elaboração do projeto da Lei Orçamentária Anual de 2017, que será enviado ao Congresso Nacional até 31 de agosto.

De acordo com o Ministério da Fazenda, o reajuste foi feito por conta das recentes melhorias nos indicadores financeiros e dos sinais de recuperação da economia. Com isso, a expectativa é de que o país volte a registrar crescimento econômico a partir do quarto trimestre deste ano.

Para 2016, a Secretaria de Política Econômica reduziu a previsão de contração do PIB de 3,1% para 3%. A projeção para o IPCA foi mantida em 7,2%. As estimativas da equipe econômica são mais otimistas que as do mercado. Segundo o Boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgadas pelo Banco Central, o país deve fechar 2016 com queda de 3,2% no PIB e inflação chegando a 7,31%.

A produção industrial cresce há quatro meses seguidos e a Pesquisa Mensal de Comércio do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostrou sinais de estabilização na atividade do comércio, com crescimento de 0,1% em junho.