Pimentel eleva meta e estima exportações de US$ 245 bilhões em 2011
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, anunciou nesta segunda-feira, 2, uma revisão da meta de exportações para este ano. A estimativa, que era de US$ 228 bilhões (cerca de R$ 360 bilhões com o nível de câmbio atual), foi reajustada em 7,5% e agora é de US$ 245 bilhões (cerca de R$ 386 bilhões).
O anúncio foi feito durante a apresentação dos dados da balança comercial de abril, na capital paulista. Segundo Pimentel, os valores recordes de exportação e de saldo da balança comercial verificados no mês passado motivaram a revisão. “Essa é uma revisão conversadora ainda. Há analistas que estimam exportações maiores”, afirmou o ministro.
Se a previsão do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) se confirmar, o valor das exportações nacionais será 21% maior do que o de 2010. Antes da revisão, o MDIC estimava um total de exportações 13% superior ao do ano passado.
Para o ministro, o superávit de US$ 1,8 bilhão registrado em abril mostra que o comércio exterior brasileiro vive um momento muito positivo, apesar do câmbio desfavorável aos exportadores. Ele disse, porém, que esse resultado histórico da balança comercial foi impulsionado principalmente pela venda de produtos básicos, que cresceu 54,8% de abril de 2010 para abril de 2011, e isso preocupa o governo. “Nosso problema [de exportações] não é quantitativo, mas qualitativo”, disse. “Temos que exportar mais produtos industrializados sem abrir mão de exportar os produtos básicos”, completou.
Pimentel afirmou que o governo federal trabalha em um novo Programa de Desenvolvimento da Produção (PDP). O programa, segundo ele, terá medidas fiscais, de incentivo à inovação e também para o aumento de competitividade da indústria nacional visando a aumentar a exportação de produtos manufaturados brasileiros. De acordo com o ministro, o novo PDP deverá ser anunciado este mês.
Apesar da revisão da meta de exportações, o ministro Pimentel não fez previsões para o volume de importações brasileiras nem para o saldo da balança comercial deste ano. Ele afirmou que as importações estão amarradas a fatores que independem da ação do governo e, por isso, não é possível estimar qual será a diferença entre o que o país vai exportar e o que importar. O ministro garantiu, no entanto, que o país vai importar menos que exportar. “Vai ter superávit”, disse.
Vinicius Konchinski / Agência Brasil
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