Pesquisa aponta para baixa procura por crédito em 2016
A cautela provocada pela recessão pode fazer com que poucos brasileiros recorram às instituições financeiras em busca de linhas de crédito. De acordo com pesquisa trimestral realizada em conjunto pela Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi) e TNS Brasil, 82% dos consumidores pretendem evitar o uso desse recurso em 2016.
Na comparação com o levantamento anterior, a intenção do consumidor se manteve estável. No entanto, 43% relevaram a intenção de contratar o crédito imobiliário, alta de 10 pontos percentuais. Quando questionados sobre outras linhas, 33% disseram que estão dispostos a contratar crédito consignado, 33% automotivo e apenas 24% querem contratar um CDC.
Em relação à intenção de conseguir um financiamento este ano, o percentual subiu 1 ponto este ano, chegando a 19%. O sentimento negativo recuou 1 ponto percentual e 81% não se sente propenso a fazer um financiamento. O automóvel aparece como primeiro item na lista de intenções (58%), seguido por imóvel (54%), empréstimo pessoal (21%), eletrodoméstico (20%) e consignado (9%).
Olhando para a renda, as classes A e B se dizem menos propensas a realizar um financiamento, ficando em 18% e registrando uma redução de 8 pontos percentuais em comparação ao ano anterior.
A pesquisa também apresenta dados sobre a intenção de consumo. Segundo o levantamento, 86% dos entrevistados disseram que pretendem economizar mais, 11% não vão mudar o padrão e 3% vão gastar mais.
A inflação tem impactado o padrão de consumo de 90% dos entrevistados, sendo que os itens mais atingidos foram lazer (86%), vestuário (83%), alimentação (74%), transporte (50%), saúde (43%) e educação (37%).
O nível de endividamento dos consumidores voltou a crescer e atingiu 69%, com alta de 3 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior. O comprometimento com o cartão de crédito é apontado por 70% dos endividados, seguido por carnê (30%), financiamento de veículo (19%), financiamento imobiliário (15%), CDC (15%), leasing (3%) e outros (19%).
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