Pequenas empresas ganham impulso para integração com países vizinhos
As pequenas empresas brasileiras poderão ter mais facilidade para se integrarem com os vizinhos de continente. Sebrae e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) assinaram um acordo para criar comunidades virtuais binacionais na plataforma on-line ConnectAmericas.
O Sebrae será o gestor no Brasil da ferramenta, criada pelo BID, com o objetivo de fomentar o comércio internacional das pequenas empresas.
O acordo chega em uma realidade em que as pequenas empresas enfrentam, de acordo com uma pesquisa do Sebrae, 66 pontos de estrangulamento que impedem o processo exportador. Cerca de 90% das dificuldades se referem a itens relativos à aduana e à Receita Federal. Para importação, 75 pontos críticos foram levantados.
A comunidade Brasil/Argentina será a primeira que o Sebrae criará, como gestor no Brasil do ConnectAmericas. A iniciativa faz parte das ações do projeto denominado Simples Internacional, conjunto de ações que visam ampliar as exportações das MPE ao usar meios como o operador logístico internacional e o sistema de moeda local. Serão realizadas, ao longo de cinco anos, ações de aproximação comercial e de business intelligence, além de incentivo à participação de empresários atendidos pelo Sebrae em eventos promovidos pelo banco.
Representante do BID no Brasil, Hugo Flórez Timorán informou que a instituição trabalha com mais de 100 mil empreendedores em toda a América Latina, sendo apenas 12,5 mil no país. “Estamos esperançosos que, a partir da parceria com o Sebrae no ConnectAmericas, poderemos contribuir para que tenhamos mais pequenas empresas exportadoras no Brasil”, diz.
O governo também está concluindo acordos comerciais e reduzindo barreiras às exportações. O objetivo é ampliar a participação das empresas brasileiras no mercado internacional por meio das ações do Plano Nacional de Cultura Exportadora (PNCE) e soluções internas para a melhoria da competitividade do comércio exterior
“O termo técnico para você tirar uma mercadoria é ‘desembaraçar’, mas o sistema foi feito para embaraçar. Precisamos que as mercadorias sejam entregues ponto a ponto e desembaraçadas com rapidez”, afirma Guilherme Afif Domingos, presidente do Sebrae.
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