Pela segunda vez consecutiva, Copom mantém Selic em 11% ao ano
Copom mantém Selic em 11%. Segundo o BC, é preciso esperar que os reajustes realizados produzam efeitos.

Depois de 13 meses de altas seguidas nos juros básicos da economia (Selic), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) resolveu manter, pela segunda vez, a taxa em 11% ao ano. A decisão alinhou-se à expectativa do mercado, que prevê a manutenção dos juros neste patamar por conta do baixo desempenho da economia. O anúncio foi feito após a reunião do grupo nesta quarta-feira, 16.

É função do BC usar os mecanismos disponíveis para convergir a inflação para o centro da meta, que está estabelecida em 4,5% ao ano até 2016. Há, no entanto, uma margem de dois pontos percentuais, que permite ao índice oscilar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida. Uma das ferramentas para fazer esse controle é a Selic. Com juros mais altos, o crédito fica restrito e, em teoria, pessoas e empresas ficam desestimulados a comprar, segurando os preços. Apesar disso, com menos consumo e investimento, a economia perde.

Exatamente por isso a Confederação Nacional da Indústria (CNI) aprovou a manutenção dos juros em 11%. “Uma eventual alta dos juros, com majoração do custo de financiamento dos projetos de investimento industrial e do crédito ao consumo, agravaria as dificuldades da atividade produtiva”, disse a instituição, em nota, na noite de quarta-feira.

Segundo a CNI, é preciso que o controle dos juros seja acompanhado de outras políticas, como controle dos gastos públicos e foco nos investimentos. Caso não ocorra uma ação coordenada, diz a entidade, a indústria corre o risco de continuar sofrendo com queda na produção, como tem mostrado os levantamentos do IBGE. Em maio, a produção do setor caiu pela terceira vez seguida. Além disso, a expectativa do mercado para o crescimento da economia está cada vez menor.

Por outro lado, a inflação acumulada em 12 meses terminados em junho estourou o teto da meta e ficou em 6,52%. Ainda assim, há uma boa notícia: os alimentos, que mais vinham pressionando a inflação nos primeiros meses do ano, estão ficando mais baratos. Em junho, a queda de preços neste grupo foi de 0,11%.

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