Pastor Everaldo diz que vai privatizar tudo e Congresso não será problema
Quarto colocado na mais recente pesquisa realizada pelo Datafolha, com 3% das intenções de voto, o Pastor Everaldo (PSC) foi entrevistado nesta terça-feira, 19, pelo Jornal Nacional, da Rede Globo. Durante seus quinze minutos, o candidato afirmou que vai privatizar “tudo o que for possível”, inclusive a Petrobras. Mas poupou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, que segundo ele, “representam a segurança do sistema financeiro”.
Everaldo ainda afirmou que não teria dificuldades de implantar as propostas que tem para o país, pois o Congresso não se negaria a aprovar ideias mostradas claramente para a população. Para defender esse argumento, o pastor usou o exemplo do ex-presidente Itamar Franco, que, segundo ele, teria governado sem maioria no parlamento.
A entrevista iniciou com os questionamentos sobre a falta de experiência que o candidato possui no exercício de cargos públicos. Everaldo justificou dizendo que veio de família humilde, começou trabalhando como servente de pedreiro, tornou-se funcionário público e, em seguida, mudou para a iniciativa privada. “Sou um vencedor”, disse. Baseado em sua experiência de vida, acredita que é necessário estimular o empreendedorismo e reduzir ao máximo a intervenção do Estado na economia.
O candidato, então, foi lembrado que nas últimas duas eleições fez parte da base aliada do PT, que tem uma ideologia contrária à defendida, neste pleito, pelo PSC, de liberalismo clássico, Estado mínimo. A mudança de posicionamento, então, teria ocorrido há somente cinco meses, quando o partido decidiu ter candidatura própria. Everaldo se defendeu: “Nós acreditávamos, como milhões de brasileiros, que a proposta colocada [pelo PT] era melhor, mas hoje você vê nas últimas pesquisas mais de 70% da população brasileira quer mudança. Então, nós acreditávamos que era o melhor e verificamos logo no início do governo que não era o melhor para o Brasil”.
Para concretizar suas propostas, que incluem o fortalecimento das Forças Armadas e maior investimento em Segurança Pública, o pastor afirmou que os recursos viriam do Tesouro, do orçamento que hoje é usado para bancar as estatais. “À medida que eu transfiro para a iniciativa privada essas empresas hoje que dão rombo e que tem que tirar dinheiro do Tesouro para cobrir o rombo delas, então já diminui essa transferência de recursos e sobra dinheiro do seu imposto, do meu imposto para aplicar tanto na Educação quanto na Saúde”, garantiu.
Além disso, Everaldo prometeu que a quantidade de ministérios será reduzida de 39 para 20. “Vou fazer um corte na carne”, sentenciou. Por fim, disse que, caso eleito, irá isentar trabalhadores que ganham até R$ 5 mil do Imposto de Renda. E encerrou com uma frase de efeito: “Eu defendo que é mais Brasil e menos Brasília na vida do cidadão brasileiro”.
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Raphael A
22/08/2014 - 11:13:16