Parlamentares dos EUA aprovam acordo e evitam calote histórico
Obama não recuou, obrigou oposição a voltar atrás e conseguiu adiar decisão definitiva sobre Orçamento federal dos EUA. Por enquanto, situação está controlada, mas mundo continua incomodado com incerteza política do país. Foto: Agência Lusa/Agência Brasil.

A poucas horas do fim do prazo, parlamentares dos EUA aprovaram o acordo que livrou o país de dar um calote histórico, provocando mais uma crise mundial. Os republicanos – oposicionistas do governo Obama – cederam e concordaram em aprovar o Orçamento federal. Foi na noite desta quarta-feira, 16, que o presidente Barack Obama assinou a lei que encerrou a paralisação do governo e elevou o teto da dívida do país.

Apesar disso, a medida tem caráter temporário e permite ao governo funcionar até 15 de janeiro do ano que vem e define o teto da dívida apenas até 7 de fevereiro de 2014. Nestas datas, os EUA podem paralisar novamente e colocar o mundo à beira de outra possibilidade de calote.

Essa incerteza está fazendo os investidores internacionais perderem a confiança no país. Na China – que concentra o maior valor investido nos títulos da dívida norte-americana – a agência de risco rebaixou a nota da dívida dos EUA. Na Europa, os empresários acreditam que o crescimento do país está comprometido e temem pelas exportações aos EUA, maior consumidor europeu. Investidores afirmam que calote foi evitado, mas o dano está feito.

O episódio freou o ritmo de crescimento norte-americano, reduziu a confiança do consumidor, comprometeu as relações com os fornecedores do governo e abalou a confiança do mundo na política do país, o que prejudica as relações internacionais, pois é os EUA que emitem a moeda universal para reservas, negociações e investimentos, além de serem os responsáveis por emitir títulos da dívida utilizados no mundo inteiro em casos de incerteza econômica.

O que motivou o impasse foi a recusa dos republicanos em votar o Orçamento sem que o governo adiasse a entrada em vigor da lei de assistência à saúde e cancelasse o imposto criado para financiar a cobertura de atendimento médico para cidadãos sem plano de saúde.

Com informações do Bom Dia Brasil, da TV Globo.

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