Para Mantega, Brasil não é um emergente vulnerável
Em resposta à avaliação do Federal Reserve (Banco Central dos Estados Unidos), o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o Brasil não é vulnerável, pois detém uma das maiores reservas financeiras do mundo e a dívida externa de curto prazo (que tem vencimento programado em até um ano) é pequena.
A declaração foi feita durante o 9º balanço da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em Brasília, nesta terça-feira, 18. “Em momento de volatilidade, o risco para alguns países é a falta de crédito e de recursos. Quem tem mais reservas são os que estão melhor posicionados. Temos a quinta maior reserva do mundo, com US$ 376 bilhões”, defendeu.
Para o ministro, o Brasil continua sendo um mercado atrativo para investimento externo e mantém-se entre os países que mais receberam recursos nos últimos anos. “Concentramos mais de 4% de todo investimento estrangeiro direto [do mundo]. Estamos bem nessa foto”, afirmou.
Mantega ainda afirmou que a economia brasileira também não pode ser considerada frágil do ponto de vista do câmbio, pois o dólar tem registrado estabilidade nas últimas semanas e, nos últimos seis meses “teve até valorização”. Além disso, argumentou, o fato do país ter mercado futuro de dólar é positivo, porque contribui para movimentos mais rápidos da cotação do real: “É um dos poucos emergentes que têm mercado futuro, de derivativos. As transações se fazem mais no mercado futuro do que no mercado à vista. Ao invés de sair dólares, o que você tem é apostas e contra-apostas que acontecem só no mercado futuro”.
O ministro garantiu que a inflação está sob controle, destacando que a meta inflacionária está sendo respeitada consecutivamente nos últimos dez anos, sempre oscilando ao redor de 6%. “Não ultrapassamos os limites das metas. Janeiro começou desacelerando frente a dezembro, talvez anunciando um ano mais tranquilo em termos de inflação”, disse. E complementou: “A inflação não só está sob controle, mas desacelerando, criando cenário adequado para aceleração da economia”.
No entanto, o centro da meta inflacionária é 4,5%, que não tem sido respeitada. Nos últimos quatro anos, o índice tem se aproximado do teto da meta, que é 6,5%.
Com informações do portal G1.
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Euvaldo Batista dos Santos
22/02/2014 - 22:13:51