A programação da tarde do Seminário de Negócios Internacionais teve, além das palestras com articulistas da área de comércio exterior, um painel de internacionalização. A proposta, que já fez parte das atividades do Seni no ano passado, traz nesse ano representantes de grandes empresas da região que falam sobre suas experiências com as relações comerciais internacionais.

Maria Aparecida Hallack é vice-presidente da área internacional da Tigre, empresa de Joinville (SC), líder no segmento de tubos e conexões. Durante o painel, que teve mediação de Bruno Luis Ferrari Salmeron, Diretor de Operações da Divisão Automotiva da Schulz S.A, a empresária destacou o papel importante e pioneiro da Tigre ao exportar seus produtos. “A Tigre foi visionária nesse sentido, começamos a exportar há cerca de 40 anos”. Ela ainda reforçou a importância das pessoas nesse papel de internacionalização da empresa. Segundo Maria, o essencial é saber respeitar a cultura de cada localidade onde os produtos Tigre serão vendidos. “A diversidade cultural é a maior riqueza na hora desse tipo de negociação, é aí que encontramos as maiores oportunidades”, ressalta.

Décio Silva, diretor e presidente do Conselho da Weg, também participou da discussão. A China representa um grande desafio na área de comércio exterior da empresa. “A China nos estimula muito, a cultura é muito diferente da nossa”, explica. Além disso, ele salientou a ambição e inovação na hora de sair das esferas nacionais. Ao alcançar limites internacionais, escolhas agressivas devem ser feitas. “Precisamos conciliar agressividade e vontade de crescer, mas sempre com o pé no chão’, afirmou.

A Haco Etiquetas, empresa de Blumenau (SC) com 82 anos de fundação e líder em etiquetas tecidas, estava representada por Alberto Conrad Lowndes que tratou também das principais dificuldades enfrentadas no processo de internacionalizar a empresa. A consolidação dos negócios internacionais da empresa começou há pouco tempo a ter foco no mercado asiático. “Começamos exportando para os Estados Unidos, América do Sul e Europa. A segunda etapa de internacionalização foi abrir uma fábrica da Haco em Portugal. Agora, o terceiro processo vem com a China, onde estamos culturalmente aprendendo a fazer negócios com eles”. De acordo com Alberto, o principal diferencial é saber ser competitivo para consolidar os negócios fora do Brasil.

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