No dia 13 de agosto comemora-se o Dia do Economista. A profissão vem ganhando destaque no cenário brasileiro diante dos desafios para o país nos próximos anos.

No dia 13 de agosto de 1951 o presidente Getúlio Vargas sancionou a lei 144, que criou a profissão do economista. De lá para cá, o país enfrentou diversos desafios que exigiram muito a aplicação dos conhecimentos e habilidades dos profissionais desta categoria: a inflação, planos econômicos diversos, instabilidades, políticas que prometiam dar solidez ao cenário das finanças nacionais, mas nem sempre se mostravam bem sucedidas. E os economistas tiveram um papel fundamental para que empresas e instituições – inclusive governamentais – pudessem sobreviver a todos estes cenários com crescimento e qualidade.

Hoje o Brasil e o mundo vivem uma realidade econômica bem diferente. Ainda assim, nos últimos anos, grandes nações vêm sofrendo crises que abalam as estruturas econômicas de todo o planeta. E diante deste cenário de inseguranças e incertezas, a economia brasileira (e por consequência também os economistas) têm desafios importantes: equilibrar as estabilidades num cenário que exige crescimento e investimento. A vinda de eventos de repercussão internacional, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, exige criatividade e versatilidade, já que nenhuma organização vai querer perder as oportunidades que vêm junto de eventos como estes.

De acordo com o economista Celso Ricardo Salazar Valentim, é necessário estruturar estratégias econômicas que garantam crescimento sustentável para amenizar os impactos da crise financeira mundial. “Modelos econômicos artificiais não funcionam. Podem até garantir algum resultado no curto prazo, mas a economia de um país ou de uma empresa não deve ser estruturada somente para o curto prazo”, afirma Celso.

Somente com investimentos em políticas de infraestrutura, a Copa do Mundo no Brasil vai movimentar cerca de R$ 1,2 trilhão, de acordo com o Portal da Copa, do governo federal. Os Jogos Olímpicos vão exigir outros R$ 14,4 bilhões, conforme aponta reportagem da revista Exame.

Mas nem estes investimentos de projeção internacional e políticas de aumento do Produto Interno Bruto, o PIB, vão resolver problemas históricos do Brasil e auxiliar no desenvolvimento do país. “Não adianta aumentar o PIB e continuar com um modelo educacional deficitário, ou projetar-se globalmente e não dar condições para que as empresas enfrentem os desafios globais”, diz o economista. “Necessitamos de ações que desburocratizem o modelo atual e tornem nossos cidadãos e empresas mais competitivos e o profissional de Economia tem papel fundamental nesse sentido.”, completa.

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