Obama comemora a aprovação de novo sistema para evitar “abismo fiscal”
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que a aprovação do novo sistema fiscal é uma promessa de campanha que evitará a crise orçamentária. A proposta foi aprovada às 23h de terça-feira, dia 1º, em meio a debates e divergências entre republicanos e democratas. A Câmara dos Representantes (equivalente à Câmara dos Deputados no Brasil) aprovou a proposta por 257 votos a favor e 167 contrários. Para as autoridades norte-americanas, a iniciativa evitará o chamado abismo fiscal.
Obama disse que o acordo com o Congresso representa “apenas um passo” em um contexto de um esforço mais amplo de fortalecimento da economia. Ao classificar o déficit do país de “demasiado alto”, o presidente disse estar “completamente aberto” a um compromisso para reduzi-lo de forma equilibrada.
A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou o acordo após receber sinalização para fazê-lo por parte do Senado. A proposta pretende evitar o aumento de impostos na classe média e aumentar as taxas sobre os rendimentos acima de US$ 400 mil para pessoas físicas e de US$ 450 mil para os casais.
Pelo acordo, há uma série de mudanças nos cortes nas despesas públicas, adiando até março, por exemplo algumas reduções. Um exemplo é o que ocorrerá com os US$ 24 bilhões relativos ao Departamento de Defesa e vários programas internos que deverão ser adiados por dois meses.
O abismo fiscal seria a consequência de uma medida do governo federal americano para aumentar automaticamente os impostos de toda a população dos Estados Unidos a partir de 1º de janeiro e diminuir drasticamente os gastos públicos. Isso, segundo economistas, poderia impactar negativamente na capacidade de investimentos no país, gerando retração da economia e aumento do desemprego, com reflexos no mundo. No Brasil, o abismo fiscal poderia causar desvalorização do dólar, queda da Bolsa de Valores e redução das exportações para os EUA.
Com informações da Agência Brasil, da Agência de Notícias de Portugal Lusa e do portal G1.
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