A alta frequente das cotações do dólar nos últimos meses é sempre diretamente impactante a certas moedas de outros países. A aceleração recente da valorização da moeda americana em relação à brasileira depois de certa acomodação no fim de janeiro fez com que o real caísse para a quarta posição de perdas ante ao dólar no acumulado de 2015.

Em janeiro, o real já estava em uma zona perigosa da lista, mas ainda figurava na 23ª colocação no ranking de perdas. Se considerarmos a média dos 12 últimos meses, o real registrou a terceira maior desvalorização das moedas das principais economias do mundo, segundo dados do Banco Central (BC).

A taxa do Brasil fica abaixo somente da zona do Euro, que ainda sofre com a crise econômica internacional, e da Rússia, cuja moeda, o rublo, entrou em queda livre no fim de 2014, chegando a apresentar 73,4% de variação cambial.

Para que o país reaja ante ao fortalecimento irrefreável do dólar americano, a inflação precisa cair, o orçamento precisa ser reequilibrado e o Brasil deve se fortalecer nas transações internacionais, equilibrando a balança comercial.

Os impactos para o consumidor com a maior discrepância são percebidos principalmente em produtos importados de qualquer país, visto que o dólar é a principal moeda utilizada em transações comerciais internacionais.

Com informações da Folha de São Paulo e do Estado de São Paulo.