Em 2016, apenas 67% das grandes indústrias brasileiras realizaram investimentos. O número é o menor desde 2010. Além disso, apenas 40% delas conseguiram tocar o planejamento como estava planejado. Os números são de uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria. Para este ano, a situação deve se manter, de acordo com o estudo.

Ainda de acordo com o levantamento, entre as empresas que tinham planos de investimento, 41% realizaram parcialmente, 9% adiaram para este ano e 10% cancelaram ou suspenderam por tempo indeterminado.

O baixo número de 2016 comprova uma tendência de queda que vem sendo acompanhada nos últimos. Em 2010, primeiro ano da pesquisa, 93% das indústrias realizaram investimentos. Em 2015, o número chegou a 74% e agora caiu mais sete pontos.

Entre as empresas que investiram no ano passado, 36% aplicaram os recursos em novos empreendimentos e 64% aproveitaram para dar sequência em projetos que já estavam em andamento.

Redução de custos e aumento de produtividade também foram alvos dos investimentos. Quase 40% das empresas apostaram em melhorias no processo produtivo. Outras 18% aplicaram em novos produtos e 3% delas em mudanças de processos produtivos.

A incerteza da economia foi a motivação para 80% das empresas que desistiram de investir. A segunda principal motivação, citada por 54% das empresas, foi a reavaliação da demanda. Em terceiro lugar, com 39%, estão os altos custos dos financiamentos.

Neste ano, apenas 21% das empresas que pretendem investir vão aproveitar para elevar a capacidade de produção. Esse número é o segundo menor da série histórica, que começou em 2011.

Por outro lado, 65% das empresas pretendem investir em inovação, o maior resultado para este fragmento da pesquisa desde 2011.

Já a conquista do mercado externo está no horizonte de interesse de poucas empresas. Apenas 6% delas aplicarão recursos com este objetivo, praticamente o mesmo percentual de 2016, que foi de 7%.