Novo programa energético vai permitir redução no valor da conta de luz
O governo Federal anunciou nesta terça-feira, 11, em Brasília, o Programa de Investimento em Energia Elétrica (PIEE). A previsão de investimento é de R$ 186 bilhões, que devem acelerar a ampliação da geração e distribuição de energia em todo o país para estabelecer, até 2018, um setor energético competitivo e reduzir os custos da eletricidade.
A proposta do Ministério de Minas e Energia é de que, do valor previsto, cerca de R$ 116 bilhões sejam investidos em obras de geração de energia e R$ 70 bilhões sejam voltados exclusivamente às linhas de transmissão e distribuição, que devem somar 37,6 mil quilômetros. Durante o discurso, a presidente Dilma Rousseff ressaltou a importância de uma boa malha de distribuição para garantir, além de segurança, a redução dos custos.
Segundo o planejamento, o acréscimo energético que o PIEE deve gerar nos próximos três anos ficará entre 25 mil e 31,5 mil megawatts (MW) com as novas usinas e 37,6 mil MW com as linhas de transmissão.
O Ministério de Minas e Energia ainda revelou os dados do crescimento da geração de energia elétrica. De 2001 até o ano passado, a geração de energia passou de 80 mil MW para 134 mil MW, crescendo 67%. Só no ano passado, foram agregados mais de 7,5 mil MW ao Sistema Interligado Nacional. Quanto às linhas, o crescimento passou de 70 mil quilômetros para 125 mil quilômetros nos últimos 13 anos.
Redução da conta de luz
Durante o lançamento do Programa, a presidente confirmou que, com o desligamento das usinas térmicas no último sábado, 8, pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), o governo deve reduzir o valor da bandeira tarifária vermelha entre 15% e 20%. A medida deve gerar uma economia de R$ 5 bilhões até o final de 2015.
Na próxima quinta-feira, 13, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) realizará uma audiência pública sobre a possível redução do custo da bandeira vermelha. Caso a medida seja aprovada, em setembro os consumidores já devem sentir o impacto positivo da diminuição do preço.
O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, não descarta a possibilidade de que, a partir do início do período úmido, com a aproximação do fim do ano, a bandeira amarela entre em vigor nas contas de luz. Porém, o afirmou que, por hora, o governo prefere continuar a operar de maneira mais conservadora.
Com informações do jornal O Globo, do Valor Econômico e da Agência Brasil.
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